Resenha | Arte & Alma - Brittainy C. Cherry



O novo livro de Brittainy C. Cherry mostra a necessidade de encontrar-se e valorizar o que tem mesmo quando as coisas parecem desmoronar ao redor. Aria Watson era considerada invisível na escola, mesmo com todo seu talento para arte; em casa era uma boa filha e irmã. Mas tudo mudou quando ela anunciou, aos 16 anos, que estava grávida. E a notícia caiu como uma bomba. Agora ela está aterrorizada e se sentindo mais sozinha do que nunca. Levi Myers mudou-se para Wisconsin para ficar com o pai, que não via desde os 11 anos. Ele precisava se afastar um pouco da mãe e passar um ano com o pai parecia uma boa ideia, mas agora Levi não tem mais certeza. Se a mãe tem problemas, o pai é pior.Dois adolescentes passando por momentos difíceis e que, sem querer, encontram um no outro alguém que compreenda o que estão passando. Os dois estão despedaçados por dentro, cheios de cicatrizes. Mas, nas manhãs no bosque, enquanto tentam alimentar cervos, ou esperando o ônibus para escola, eles compartilham seus medos e incertezas. Levi está dividido entre o pai e a mãe e Aria precisa decidir o futuro do bebê que está gerando. Em palavras, e até mesmo no silêncio, os dois fazem um ao outro um pouco mais fortes. Apaixonar-se não era o plano, mas às vezes é difícil resistir quando alguém parece entender tão bem sua dor e solidão.

Romance | 308 Páginas | Brittainy C. Cherry |  Cortesia Galera Record | Skoob | Classificação: 4/5



Desde que li o primeiro livro da Brittainy C. Cherry, ela se tornou uma das minhas autoras favoritas. Suas histórias são emocionantes, encantadoras, completas e apaixonantes. Sempre que há um novo lançamento dela, eu sei que vou querer ler, e sei que vou amar. Não foi diferente com essa obra, mesmo que ela não esteja entre as melhores da autora, ainda consegui me emocionar e me envolver com a narrativa e com o drama presente no livro.  

Em Arte & Alma conhecemos a história de dois adolescentes: Aria Watson e Levi Myers. Mesmo vivendo em lugares diferentes, ambos possuem muitos problemas para enfrentar. Aria, após uma noite com um garoto, descobre que está grávida. Ela não sabe o que fazer, não sabe como será sua vida a partir de agora. Já Levi decide se mudar e morar com seu pai. Sua relação com o pai era ótima, mas de repente, essa relação mudou... seu pai mudou. Ele não entende o que aconteceu, e decide que precisa passar um tempo com seu pai e fazer com que eles voltem a ser o que era antes. Se isso não fosse o bastante, a mãe de Levi sofre com distúrbio esquizoafetivo, o que torna a decisão do garoto ainda mais difícil para ele. Dois adolescentes que antes não se conheciam, mas que depois do primeiro encontro, descobrem que possuem muito em comum.  

“Às vezes, ficar de dedos mindinhos enroscados era o melhor tipo de carinho. Às vezes, beijos na testa eram o melhor tipo de beijo. E, às vezes, o amor temporário era o melhor tipo de amor.”


Na escola, Aria e Levi tem uma aula conjunta, nesta aula, eles precisam fazer um projeto juntos. Aria é uma artista incrível, seu amor pela arte chama a atenção de Levi desde o primeiro momento. Já Levi tem um talento nato para a música. Seu violino é o único refugio para ele, a única coisa que o faz esquecer-se de seus problemas e tudo o que ele está passando. A interação entre eles é imediata, o amor parece acontecer como à primeira vista.

Brittainy C. Cherry mais uma vez soube criar uma história carregada de sofrimento. A relação de Aria com os pais já não é mais a mesma. Depois da notícia da gravidez, parece que ela se tornou outra pessoa para eles: aquela menina certinha e comportada deu lugar a uma pessoa irresponsável que engravidou aos dezesseis anos. Levi tenta se reaproximar de seu pai, mas este parece que não deseja uma relação com o filho; ao mesmo tempo em que ele se preocupa com a mãe e sente-se mal estando longe dela. A escrita da autora continua simples e fluida. O livro é narrado intercalando os personagens, e isso de certa forma é bom para a leitura.

"O plano era tocar até parar de me preocupar com minha mãe lá longe, em casa. Eu queria tocar até meu pai voltar a ser meu pai."


Mas algo que me deixou um pouco triste foi Aria e Levi como um casal. Sempre gostei muito dos personagens que a Brittainy cria, sempre me apego a eles, sempre me apaixono pela relação deles, mas senti falta disso com o casal desse livro. Não senti na relação deles grandes emoções ou que foi uma paixão intensa como nos demais livros da autora. Fora isso, foi uma boa leitura.

Por fim, mesmo o livro não entrando para a lista de favoritos eu curti muito a leitura e recomendo para quem busca um romance leve, sem uma carga emocional muito forte.  








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