Acredito que todos, até mesmo quem nunca tenha lido a obra, conhece a trama em torno de Orgulho e Preconceito e seus personagens. Embora muitos possam dizer que o livro não é totalmente um romance, nele tem a melhor história de amor de todos os tempos. E, não é um amor à primeira vista como vemos em tantos livros de romance; é um amor que foi cultivado ao longo do tempo, depois dos personagens se enfrentarem e deixarem de lado seus preconceitos e orgulho. Não é o tipo de amor que nasceu a partir da atração sexual, mas é um amor puro e verdadeiro, que surgiu através da admiração, dos diálogos e dos olhares.
Quem conhece a obra ou qualquer outra que se passe na época, sabe que o casamento era o principal objetivos das mulheres, já que seus futuros dependiam de um marido que garantisse uma casa e uma boa vida. Casamentos por amor eram raros e, acredito que pouco encorajado. Elizabeth era uma das poucas mulheres que teriam coragem de enfrentar essa realidade e ir contra essas regras. Mesmo sabendo que o futuro de suas irmãs e mãe estaria em risco, ela ainda rejeitou a proposta Mr. Collins, mesmo sabendo que se casando com ele, as terras de seu pai continuariam na família Bennet. Logo em seguida vemos que a mesma proposta de casamento foi feita para a melhor amiga de Elizabeth, Charlotte Lucas, que aceita a proposta sem pensar sobre. Isso confirma que o casamento para ela – e para outras iguais a ela – era a única opção, ainda mais se passasse de uma certa idade.
Lizzy conhece Fitzwilliam Darcy, um dos homens mais ricos que ela conhece. Desde o primeiro momento, ela o considera uma pessoa extremamente arrogante e orgulhosa e preconceituoso. Sabemos que a primeira impressão que eles têm um do outro perdura por um tempo, até que eles colocam suas diferenças de lado e percebem que possuem muitas coisas em comum. Quando descobre sobre o envolvimento de Darcy na destruição da felicidade de sua irmã Jane, Elizabeth fica furiosa e, mesmo quando Darcy confessa seu amor por ela, Lizzie não aceita colocar sua opinião sobre ele de lado para aceitar sua proposta de casamento.
Até que chegamos ao final da história e vemos alguns fatos de desenrolando, os personagens descobrindo mais sobre o outro, aceitando que ambos estavam errados em seus julgamentos. Eles conversam, aceitam que são ambos orgulhosos e que se amam profundamente. Elizabeth encontrou alguém que a entende, que aceita sua personalidade, que não a coloca como uma pessoa inferior. Ela encontrou o amor e também teve a vantagem de se casar com alguém que poderia oferecer a ela uma vida tranquila e, até mesmo, que viesse a contribuir um pouco para o futuro de sua família.
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