Direção: Marti Noxon
Elenco: Lily Collins, Keanu Reeves, Carrie Preston
País: EUA
Classificação: 14 anos
Estreia: 14 de Julho de 2017
Duração: 1h 47min
Nota: 8,0
Uma jovem (Lily Collins) está lidando com um problema que afeta muitos jovens no mundo: a anorexia. Sem perspectivas de se livrar da doença e ter uma vida feliz e saudável, a moça passa os dias sem esperança. Porém, quando ela encontra um médico (Keanu Reeves) não convencional que a desafia a enfrentar sua condição e abraçar a vida, tudo pode mudar.
Assim que esse filme chegou à Netflix eu fui correndo assistir. Já tinha visto o trailer e me interessei muito pelo enredo do filme. O Mínimo Para Viver (To the Bone), aborda anorexia como tema principal. No filme conhecemos a jovem Ellen (Lily Collins), uma garota de 20 anos que luta todos os dias contra o distúrbio alimentar. Ela sempre diz para todos que a situação está sob controle, mas isso é uma mentira que ela se agarra para não precisar enfrentar todos os problemas que acompanha o distúrbio. É, então que o médico William Beckham (Keanu Reeves), oferece a Ellen a chance ter uma vida diferente. Ele oferece a ela um tratamento que está sendo usado por ele com outros pacientes que enfrentam outros tipos de distúrbios.
Se você pensa que esse filme baseia-se nos vários clichês usados para retratar a doença, você está enganado. O longa mostra a verdade de pessoas que convivem com a anorexia. A forma como eles se enxergam e convivem com a doença. O filme nos mostra que para que uma pessoa se entregue a uma doença, existe vários fatores que contribuem para isso. No caso de Ellen é os problemas com a família, a ausência do pai, o fato dela não se sentir bem consigo mesma. O filme ainda mostra que qualquer um pode obter ajuda. Ellen encontra apoio na mãe, nos amigos do centro de recuperação, e na irmã.
Eu gostei muito da forma como a Lily Collins interpretou o papel, já que ela mesma já assumiu que teve problemas alimentares. A atriz entrega uma personagem que sofre, porém, sofre ainda mais por fazer os que estão ao seu redor sofrerem. Eu ouvi muitas criticas a atriz sobre a forma física apresentada no filme. Acontece que para interpretar esse papel, Lily precisou enfrentar uma dieta rigorosa, que aparenta mesmo a de uma pessoa com anorexia.
Também gostei muito de Keanu Reeves no papel do médico William Beckham. Ele tem poucas aparições, mas seu personagem é uma pessoa importante na vida e na recuperação de Ellen e dos outros pacientes. Seu método é um pouco diferente. Ele não é uma pessoa que fala para todos de como as coisas ficarão melhores, de como a vida deles será boa. Ele deixa Ellen chegar ao fundo do poço, para que assim, ela veja que vale pena lurar; que vale a pena viver. Ele quer que a garota deseje viver, ele deixa bem claro que essa é uma escolha dela.
É claro que como se trata de um filme que pode haver certos gatilhos para outras pessoas, há um aviso sobre isso. Já que, ao longo do filme é mostrado comportamentos de um anoréxico: contar as calorias dos alimentos antes de comer; fazer exercícios físicos intensos a ponto de se machucar; vomitar sempre depois de ingerir algum alimento; sempre estar medindo o corpo, etc. Esses hábitos podem ser usados por outras pessoas inclinadas a essa condição, por isso, é sempre bom ter cuidado com quem assisti a esse filme.
O Mínimo Para Viver fala sobre um tema polêmico, que de certa forma, não vemos muitas informações sobre. O filme aborda o tema de forma crua, real e simples. Talvez pessoas que estão passando pelos mesmos problemas não devam assistir ao filme; é sempre melhor evitar. Mas para os outros, vale muito a pena.
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