[Resenha] A geografia de nós dois - Jennifer E. Smith

Lucy mora no vigésimo quarto andar. Owen, no subsolo... E é a meio caminho que ambos se encontram - presos em um elevador, entre dois pisos de um prédio de luxo em Nova York. A cidade está às escuras graças a um blecaute. E entre sorvetes derretidos, caos no trânsito, estrelas e confissões, eles descobrem muitas coisas em comum. Mas logo a geografia os separa. E somos convidados a refletir... Onde mora o amor? E pode esse sentimento resistir à distância? Em A Geografia de Nós Dois, Jennifer E. Smith cria tramas cheias de experiências, filosofia e verdade.
Romance | 272 Páginas | Cortesia Galera Record | Skoob | Classificação: 4/5


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A Geografia de Nós Dois conta a história de Lucy e Owen. Mesmo morando no mesmo prédio na cidade de Nova York. Eles nunca tiveram a chance de se encontrar. Até que um dia por causa de um apagão em toda a cidade, eles acabam ficando presos dentro do elevador. Nesse pouco tempo que passam juntos, um sentimento vai nascendo ali. A noite que tinha tudo para ser um desastre, acaba se tornando muito mais prazerosa para ambos. No entanto, nem tudo é tão perfeito assim: Lucy está de viajem marcada, indo morar em outro país; seu pai recebeu uma proposta de emprego e por isso eles terão que se mudar. Já Owen também está indo viajar com seu pai, mas ele não tem um destino certo para ir. Em meio a tantos desencontros, eles não conseguem esquecer um ao outro, mesmo estando longe. O que os mantêm ligados são cartões-postais enviados sempre quando Owen chega a uma nova cidade.

Você não sabe ainda. Mas, essa semana vai ser incrível.

A narrativa aqui é feita em terceira pessoa, intercalando entre Lucy e Owen. Gosto muito da escrita da Jennifer, desde que li “A probabilidade estatística do amor à primeira vista” me encantei pela forma como ela escreve. Sua escrita é simples, é uma narrativa fluida que torna a leitura leve e rápida. Me vi devorando as páginas para saber o que aconteceria entre Lucy e Owen.

"Quando não há nada senão espaço entre duas pessoas, tudo parece um salto."

Owen perdeu a mãe e ainda não conseguiu superar essa perda. Ele tem sempre aquele ar triste, de quem não aparenta ser feliz. Mas aos poucos isso vai mudando; aos poucos ele vai aprendendo a viver sem a mãe, a conviver somente com as lembranças dela. Ele se preocupa muito com o pai, de como o pai ficará sem ele por perto. Já Lucy é bem mais tranquila. Com seus pais sempre viajando e seus irmãos na faculdade, ela aprendeu a ficar sozinha, uma menina sem muitos amigos ou histórias para contar, uma pessoa um pouco solitária, que a meu ver tem muitos problemas com os pais. Eu particularmente preferi mil vezes o Owen a Lucy, não que ela seja ruim, mas não me vi muito conectada com a personagem. 

Confesso que estava esperando outra coisa quando comecei a ler o livro. É um romance, mas não é aquele tipo de romance clichê em que ambos sentem uma forte conexão, ou que se apaixonam logo no primeiro olhar. Eles se conheceram em apenas um dia e no dia seguinte estavam seguindo por caminhos opostos. O mais legal nesse livro não é o romance em si, mas como eles aprendem ao longo do tempo. Como eles começam a viver aos poucos, a descobrir mais sobre seus sentimentos. Tinha momentos que torcia para que eles ficassem juntos, já em outros momentos, pensava que seria melhor não ficar com muitas expectativas a respeito disso.  

"Se traçassem um mapa dos dois, de onde tinham começado e de onde terminariam, as linhas seguiriam para longe uma da outra como ímãs de polos opostos. E já tinha ocorrido a Owen que havia algo profundamente errado com aquilo, que deveriam existir círculos ou ângulos ou voltar, qualquer tipo de traço que possibilitasse às duas linhas voltarem a se encontrar. Em vez disso, iam em direções opostas. O mapa era o mesmo que uma porta prestes a se fechar. E a geografia da situação - a geografia dos dois - estava completa e irremediavelmente errada."

Mesmo a narração de o livro ser centrada nos personagens principais, não podemos nos esquecer dos pais desses personagens. Começando pelo Patrick, pai de Owen. Parece que ele está em um luto eterno, sem conseguir seguir em frente, nem mesmo pelo filho que está sempre ao seu lado o ajudando em tudo. Já os pais da Lucy foram os que mais me estressaram. Eles simplesmente abandonam a filha de apenas dezesseis anos sozinha em casa por dias, não são horas, são DIAS. E para que? Para ficarem por aí se divertindo em viagens. Eles nem ao menos se preocupam com o que pode acontecer com a menina sozinha. E isso foi demais para mim.

Como disse, gosto muito da escrita da autora. É envolvente, leve e dinâmica. Mesmo eu sendo uma romântica incurável, gostei do foco desse livro não ser sobre o romance do casal. Creio que diversas pessoas gostaram do livro. É uma leitura mais que indicada. 

Comentários

  1. Oiee

    A capa desse livro é muito linda!!
    Eu gostei de saber que não é clichê, eu costumo fugir um pouco dos romances. Mas esse chamou minha atenção por não ficar só no romance do casal.
    Já queria pela capa, agora, sem dúvida, vai pra minha lista.

    bjs
    Fernanda
    http://pacoteliterario.blogspot.com.br/

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  2. Olá, tudo bem?

    Pelo título e capa do livro, eu realmente, quando o via, achava que era mais um livro de "mimimi"- rs.
    Bom saber que eu estava enganada e que, a autor saiu do clichê e ainda assim, conseguiu fazer um bom livro.
    Realmente, a parte que vc mencionou sobre os pais da menina, que Pais? Pra mim, pelo que vc colocou aqui, foram apenas as pessoas que colocaram no mundo... tem gente que não sabe amar...
    Anotando a dica, sem sombra de dúvidas!

    Beijos!

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  3. Olá! Esse livro já está na minha lista de desejado logo quando saiu em pré venda, mas ainda não tive oportunidade para compra-lo $$$$, um encontro dentro de um elevador, acho uma situação incrível para um novo romance. Quero muito ler, sei que é um romance, não aqueles clichês prováveis.

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