Resenha | Vermelho, branco e sangue azul - Casey McQuiston

O que pode acontecer quando o filho da presidenta dos Estados Unidos se apaixona pelo príncipe da Inglaterra?
Quando sua mãe foi eleita presidenta dos Estados Unidos, Alex Claremont-Diaz se tornou o novo queridinho da mídia norte-americana. Bonito, carismático e com personalidade forte, Alex tem tudo para seguir os passos de seus pais e conquistar uma carreira na política, como tanto deseja.
Mas quando sua família é convidada para o casamento real do príncipe britânico Philip, Alex tem que encarar o seu primeiro desafio diplomático: lidar com Henry, irmão mais novo de Philip, o príncipe mais adorado do mundo, com quem ele é constantemente comparado ― e que ele não suporta.
O encontro entre os dois sai pior do que o esperado, e no dia seguinte todos os jornais do mundo estampam fotos de Alex e Henry caídos em cima do bolo real, insinuando uma briga séria entre os dois.
Para evitar um desastre diplomático, eles passam um fim de semana fingindo ser melhores amigos e não demora para que essa relação evolua para algo que nenhum dos dois poderia imaginar ― e que não tem nenhuma chance de dar certo. Ou tem?

Romance LGBT+ | 392 Páginas | Casey McQuiston | Cortesia Companhia das Letras | Skoob | Classificação: 4,5 

É maravilhoso quando saímos de uma ressaca literária e lemos um livro leve e muito fofo. Eu já tinha visto este livro em algumas fotos no Instagram, mas foi depois de ler a resenha dele que eu passei a ficar bem ansiosa e com altas expectativas com relação a ele. O bom é que Vermelho, Branco e Sangue Azul conseguiu me surpreender. Foi uma agradável surpresa poder conhecer a história de Alex e Henry e me apaixonar por esse casal.  

A trama gira em torno de Alex e Henry, duas pessoas muito conhecidas pela mídia e pelo público. Alex é filho da presidenta dos Estados Unidos e sempre se esforçou para seguir na carreira política. Ele nunca teve problemas em falar com as pessoas, a única pessoa que ele não consegue ficar perto ou conversar é o príncipe Henry. A rixa entre eles já dura alguns anos, já que Alex não suporta ser comparado a Henry. Depois de ser convidado para o casamento do irmão de Henry, Alex e o herdeiro mais novo da coroa acabam protagonizando uma cena que vai parar e todos os jornais do país. Para remediar esse escândalo e refazerem a imagem diplomática dos países, eles precisam fingir que são melhores amigos posando para fotos. Com o tempo, os dois passam a trocar mensagens e segredos, ao ponto que a antiga inimizade se transforma em amizade, seguida de um relacionamento. 

Esse relacionamento que iniciou entre os dois está fadado a dar errado. Não é a distância o maior dos problema para eles dois, mas sim, se assumir publicamente, algo impensável principalmente para Henry que tem uma obrigação em se casar e ter filhos. Os dois precisam estar sempre atentos para não causarem um escândalo diplomático. Em meio a tantos problemas envolvendo a campanha de reeleição da mãe de Alex, eles ainda precisam avaliar e decidir se o relacionamento vale mesmo a pena.  

Terminei a leitura desse livro no mesmo dia que comecei. A leitura é tão gostosa, que foi impossível abandonar a história e seus personagens. O livro prende o leitor desde a primeira página, nos fazendo imaginar como seria o encontro de Henry e Alex durante o casamento e como eles acabariam se envolvendo romanticamente. Além do romance que está bem presente no livro, ainda temos a chance de poder acompanhar muitas cenas envolvendo a política. Vermelho, Branco e Sangue Azul possui uma narrativa muito leve e incrivelmente divertida. Eu ri com as tiradas sarcásticas entre Alex e Henry e me emocionei com o sentimento que os dois acabaram desenvolvendo um pelo outro.

Quando eu comecei a ler, pensei que a narrativa seria intercalada entre os protagonistas, mas acabou sendo somente pelo ponto de vista do Alex; o que não foi nada ruim. Ele é uma personagem que acabou me conquistando, apesar de suas birras no começo do livro. O Henry também é bem legal, com seu jeitinho de bom moço e sua língua afiada. 

A obra tem várias referências a cultura pop: filmes, séries, livros e muitos assuntos atuais. O livro ainda não foi publicado aqui no Brasil, ele está em pré-venda e seu lançamento oficial é em 04 de novembro. Por fim. Só digo que Vermelho, branco e sangue azul me conquistou profundamente. Eu não esperava que fosse gostar tanto assim do livro. Sendo assim, eu super indico.