Resenha | A rainha vermelha - Victoria Aveyard


O mundo de Mare Barrow é dividido pelo sangue: vermelho ou prateado. Mare e sua família são vermelhos: plebeus, humildes, destinados a servir uma elite prateada cujos poderes sobrenaturais os tornam quase deuses.
Mare rouba o que pode para ajudar sua família a sobreviver e não tem esperanças de escapar do vilarejo miserável onde mora. Entretanto, numa reviravolta do destino, ela consegue um emprego no palácio real, onde, em frente ao rei e a toda a nobreza, descobre que tem um poder misterioso Mas como isso seria possível, se seu sangue é vermelho?
Em meio às intrigas dos nobres prateados, as ações da garota vão desencadear uma dança violenta e fatal, que colocará príncipe contra príncipe - e Mare contra seu próprio coração.

Fantasia | 422 Páginas | Victoria Aveyard | Série A Rainha Vermelha #1 | Cortesia Editora Seguinte Skoob  Classificação: 4/5


Erga-se, vermelha como a aurora.


Nesta nova distopia, o mundo é dividido entre pessoas de sangue prateado – que são a realeza, praticamente deuses – e pessoas de sangue vermelho – a ralé, os que mais trabalham e os que são enviados para lutar em uma guerra que não é deles. É entre os vermelhos que está Mare, de uma família de 4 irmão, sendo que três já foram enviados a guerra. Mare não têm nenhum emprego, e a única forma que ela encontra de ajudar sua família é roubando. Ela sabe que chegará seu dia de ir para a guerra, e já está conformada com esse futuro.


Tudo isso muda no dia em que seu melhor amigo, Kilorn perde o emprego. Ela sabe que em breve ele também será enviado para esta guerra. Cansada de dar adeus às pessoas que ela ama, Mare sai em busca de uma maneira de fugir junto com Kilorn. É aí que tudo começa a dar errado.

“Esta é a verdadeira distinção entre os prateados e vermelhos: a cor do sangue. Esta única diferença os torna mais fortes, mais inteligentes e melhores que nós.”


Em um momento Mare conhece Cal, que depois de uma breve conversa, lhe dá um emprego no palácio. Logo no primeiro dia, ela terá que participar da Prova Real, evento em que reúne as Grandes Casas nobres, e o príncipe herdeiro irá então escolher a futura rainha. Porém, no meio do evento, Mare sofre um acidente, e é salva por um poder que jamais sonhou possuir,  afinal, somente prateados possuem poderes. E a partir desse momento, Mare se vê envolvida entre intrigas da realeza. Um peão usado por todos.

“... Você é algo completamente novo. Nem vermelho, nem prateado. Algo novo. Algo mais.”


O livro é repleto de surpresas, ao final do livro você percebe que foi feito de bobo pela autora. Eu senti raiva em alguns momentos, desespero em outros, alegria e sofrimento. A cada fim de capítulo a autora conseguia nos deixar de boca aberta. Mare é uma personagem forte, mas ao mesmo tempo cheia de dúvidas, divida entre a razão e o coração; sem saber em quem confiar, e disposta a tudo por aqueles que ama, sem se importar a quem vai ferir; trair e até matar. Os outros personagens não são diferentes dela, de um lado está Cal: fiel ao rei, decidido, comprometido com seus deveres e com a sua causa –, e do outro lado, Maven: bondoso, tímido e bastante reservado, há momentos que os amamos e os odiamos.


O romance aqui não é igual ao que lemos em outros livros, não se sabe ao certo se há amor envolvido, a impressão quando lemos é que todos manipulam a todos, usa o parceiro para conseguir o que quer. Cada personagem tem seus próprios segredos a esconder, e Mare não está à procura de um príncipe igual aos contos de fadas, que a salvará de tudo.

“Nas histórias, nos antigos contos de fadas, um herói sempre aparece. Mas todos os meus heróis estão longe ou mortos. Ninguém vai aparecer pra mim.”


Esta é uma nova edição que foi lançado pela Editora Seguinte, uma edição de colecionador, e está perfeita. Esta no edição da obra apresenta capa dura com novo design, laterais em vermelho, ilustrações do artista Weberson Santiago e conteúdo inédito dos bastidores da  Guarda Escarlate

Durante a leitura percebemos algumas semelhanças entre outros livros, e isso acaba causando certo incômodo, porque são referências muito conhecidas, mas nada que estrague a leitura, nem diminua a vontade de ler e saber o que virá a acontecer. Gostei do livro por diversas razões, as emoções que ele causou me fez gostar dele, em algumas partes do livro, percebemos semelhanças entre o fictício e vida real, identificamos situações que sabemos que realmente existem, e existem aos montes na sociedade em que vivemos. A leitura é rápida, flui, não é cansativa. Estou curiosa para saber o rumo que os personagens terão no próximo livro, como a história irá se desenvolver após os acontecimentos no final deste.  Estou ansiosa pela sequência!






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