[RESENHA] Os 27 Crushes de Molly - Becky Albertalli


Molly já viveu muitas paixões, mas só dentro de sua cabeça. E foi assim que, aos dezessete anos, a menina acumulou vinte e seis crushes. Embora sua irmã gêmea, Cassie, viva dizendo que ela precisa ser mais corajosa, Molly não consegue suportar a possibilidade de levar um fora. Então age com muito cuidado. Como ela diz, garotas gordas sempre têm que ser cautelosas.
Tudo muda quando Cassie começa a namorar Mina, e Molly pela primeira vez tem que lidar com uma solidão implacável e sentimentos muito conflitantes. Por sorte, um dos melhores amigos de Mina é um garoto hipster, fofo e lindo, o vigésimo sétimo crush perfeito e talvez até um futuro namorado. Se Molly finalmente se arriscar e se envolver com ele, pode dar seu primeiro beijo e ainda se reaproximar da irmã.
Só tem um problema, que atende pelo nome de Reid Wertheim, o garoto com quem Molly trabalha. Ele é meio esquisito. Ele gosta de Tolkien. Ele vai a feiras medievais. Ele usa tênis brancos ridículos. Molly jamais, em hipótese alguma, se apaixonaria por ele. Certo?
Em Os 27 Crushes de Molly, a perspicácia, a delicadeza e o senso de humor de Becky Albertalli nos conquistam mais uma vez, em uma história sobre amizade, amadurecimento e, claro, aquele friozinho na barriga que só um crush pode provocar.

Jovem Adulto | 320 Páginas | Becky Albertalli | Editora Intrínseca | Skoob | Classificação: 4/5 | Leia um trecho

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Molly é uma adolescente como outra qualquer: estuda, está começando seu primeiro emprego, e está interessada em alguns garotos. Isso mesmo ALGUNS. Molly tem exatamente 26 crushes, porém, nunca foi beijada por nenhum deles. Ela, lá no fundo, tem medo de ser rejeitada, por isso, quase nunca se arrisca. Sua irmã gêmea, Cassie, é sua melhor amiga. Porém, Cassieconhece uma nova pessoa, Mina, por quem fica muito interessada. E, quando as duas começa um relacionamento, Molly acaba sendo deixada de lado. 


Quando Cassie propõe a Molly que ela conheça um dos amigos de Mina, a garota fica muito interessada. Will é bonito e muito charmoso. E se ela começar um namoro com ele poderá passar mais tempo junto de sua irmã. O que Molly não contava era conhecer outro garoto: Reid, seu colega de trabalho. Ele é completamente diferente de Will. Reid usa camisetas de filmes, ele é um verdadeiro nerd, que vai à feiras medievais e têm gostos bem esquisitos. Molly passa a ficar dividida entre o cara que – de acordo com ela – é seu tipo, e o cara com quem ela nunca flertaria. Mas os momentos que passa com Reid são os melhores para ela. Eles conseguem conversar sobre tudo, ela não se sente tímida ao lado dele, ela pode ser ela mesma quando está com Reid. Ela não sabe o que fazer: ficar com Will e passar mais tempo ao lado de Cassie, ou dar uma chance ao garoto que é fã de Game of Thrones e usa sempre o mesmo tênis?

“Nunca disse isso a ninguém - nem para as minhas mães, nem para Cassie – mas é o que mais temo. Não ser importante. Existir em um mundo que não se importa com quem eu sou.”


Os 27 crushes de Molly é um livro fofo e maravilhoso. A leitura – assim como em Simon vs. a agenda Homo Sapiens – foi deliciosa e divertida. Becky Albertalli nos presenteia com uma narrativa envolvente, que coloca um sorriso em nossos rostos. A autora mais uma vez mostra que devemos aceitar o diferente, aceitar que nem todos são iguais a nós. Que não devemos julgar ninguém pela cor de sua pele, pelo número que veste ou pela orientação sexual. A representatividade presente no livro foi uma das coisas que mais gostei. Cassie é filha de duas mulheres: sendo uma lésbica e a outra bi. Ela e sua irmã são gêmeas geradas por Patty, enquanto seu irmão mais novo foi gerado por Nadine. Esta última sendo uma personagem de cor, assim como Xav, irmão mais novo de Molly. É uma família tão diferente, mas todos se amam e se respeitam. Essa representatividade é abordada de forma bem sutil e normal. Outro ponto que vale destacar é que a personagem é gorda, e isso faz com que ela tenha momentos de insegurança. Mollyé bonita, tem um estilo próprio, é engraçada, inteligente, mas isso não impede que ela não se sinta “indesejada”. Sabemos que na nossa sociedade algumas pessoas ainda são gordofóbica e acham que o “melhor” é ser magra.


“Odeio que estou sequer pensando nisso. Odeio odiar meu corpo. Na verdade, eu nem odeio meu corpo. Eu apenas me preocupo que qualquer outra pessoa possa fazer isso. Porque as garotas gordas não têm namorados, e elas definitivamente não fazem sexo. Não nos filmes – não  de verdade – a  menos que seja uma piada. E não quero ser uma piada.”

Becky Albertalli me ganhou com o primeiro livro dela que li. A leitura desse livro foi gostosa e me divertiu muito. Vale muito a pena e tenho certeza que você também vai amar.






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