[RESENHA] A Fúria e a Aurora - Renée Ahdieh


Personagem central da história, a jovem Sherazade se candidata ao posto de noiva de Khalid Ibn Al-Rashid, o rei de Khorasan, de 18 anos de idade, considerado um monstro pelos moradores da cidade por ele governada. Casando-se todos os dias com uma mulher diferente, o califa degola as eleitas a cada amanhecer. Depois de uma fila de garotas assassinadas no castelo, e inúmeras famílias desoladas, Sherazade perde uma de suas melhores amigas, Shiva, uma das vítimas fatais de Khalid. Em nome da forte amizade entre ambas, Sherazade planeja uma vingança para colocar fim às atrocidades do atual reinado. 
Noite após noite, Sherazade seduz o rei, tecendo histórias que encantam e que garantem sua sobrevivência, embora saiba que cada aurora pode ser a sua última. De maneira inesperada, no entanto, passa a enxergar outras situações e realidades nas quais vive um rei com um coração atormentado. Apaixonada, a heroína da história entra em conflito ao encarar seu próprio arrebatamento como uma traição imperdoável à amiga. 
Apesar de não ter perdido a coragem de fazer justiça, de tirar a vida de Khalid em honra às mulheres mortas, Sherazade empreende a missão de desvendar os segredos escondidos nos imensos corredores do palácio de mármore e pedra e em cenários mágicos em meio ao deserto.

Fantasia | 336 Páginas | Editora Globo Alt | Skoob | Compre: Saraiva • Submarino • Americanas  | Classificação: 5/5 

A Fúria e a Aurora é o primeiro livro de uma duologia escrita por Renée Ahdieh e publicado no Brasil pela Globo Alt. A história gira em torno de Sherazade e do rei Khalid. O rei de apenas 18 anos é conhecido como um tirano, um monstro que todos os dias se casa com uma jovem diferente e, no dia seguinte, a mata; a melhor amiga de Sherazade teve o mesmo destino de muitas outras jovens. Em busca de vingança, Shazi decidi ser a próxima esposa de Khalid. Para continuar viva após a primeira noite, Sherazade passa a contar histórias ao rei, para que quando a aurora chegasse, o rei a mantivesse viva por mais um dia para ouvir mais das histórias da jovem. Seu objetivo é conhecer suas fraquezas e então, matá-lo. Entretanto, o que Sherazade não planejou foi sentir-se atraído pelo monstro que assassinou sua melhor amiga. À medida que convive com o rei, Shazi percebe que Khalid carrega dentro de si muita dor e sofrimento, e ela começa a buscar um motivo que explicasse tantas mortes. 

“Quando ela enroscou seus dedos no cabelo dele para puxar seu corpo contra o seu, ele pausou por um instante, e ela soube, como ele soube, que estavam perdidos. Perdidos para sempre nesse beijo. Esse beijo que mudaria tudo.”

O livro é narrado em terceira pessoa, nos possibilitando ver vários pontos importantes. Desde o início eu sabia que havia alguma coisa por trás da história de Khalid, sabia que ele guardava segredos, que tinha que haver uma explicação para seus atos. E, ao passo que avançava com a leitura e eu descobri quais eram esses segredos, mais apaixonada eu ficava pelo rei. Khalid é uma pessoa atormentada pelo passado, tendo que carregar o peso da responsabilidade, sem poder dividir sua dor com ninguém. E, é muito bom ver que aos pouco Sherazade vai realizando algumas mudanças na vida de Khalid. Temos alguns personagens secundários que são muito importantes para a história; o principal deles é o melhor amigo de Sherazade, Tariq, que também é apaixonado por ela. Sei que quando vemos isso em um livro, sabemos que é indício de um triângulo amoroso, mas FELIZMENTE, eu não chegaria a chamar isso de um triângulo amoroso. Estava na cara que a jovem se apaixonaria pelo menino-rei e que Tariq ficaria chupando dedo. 

“Eu sei que o amor é frágil. E amar alguém como você é quase impossível. Como segurar algo quebrado durante uma tempestade de areia feroz. Se você quer que ela o ame, proteja-a dessa tempestade… E cuide pra que a tempestade não seja você.”

Fui fisgada desde o começo, desde o epílogo do livro e, quando mais eu avançava com a história, mais envolvente ela ficava. E quanto mais lia, mais encantada eu ficava pela narrativa fantástica que a autora criou. Sempre gostei muito de livros sobre mitologias, e conhecer alguns pontos da mitologia presente nesse livro foi um dos pontos altos do livro; só gostaria que tivesse mais detalhes dos lugares e costumes desse povo. Talvez você se atrapalhe com as palavras complicadas do livro, pelos nomes diferentes (e esquisitos). O que nos salva nessas horas é o glossário que tem logo no começo do livro, onde você pode ver o que significa cada termo.

Um livro cheio de aventura, romance, ação, fantasia e, é claro, mitologia. O final te deixará instigada a ler o próximo livro, que já foi publicado aqui no Brasil. Então, se você se interessou por A Fúria e a Aurora, não deixe de lê-lo.  





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