[RESENHA] Essa luz tão brilhante - Estelle Laure

O pai dela surtou e foi internado. A mãe disse que ia viajar por uns dias e nunca mais voltou. Wren, sua irmãzinha, parece bem, mas já está tendo problemas na escola. Lucille tem só 17 anos, e todos os problemas do mundo. Se não conseguir arrumar um emprego para pagar as contas e fingir para os vizinhos que está tudo em ordem, pode perder a guarda da irmã. Sorte a dela ter Eden, uma amiga tão incrível que se dispõe a matar aulas para ajudá-la. Azar o dela se apaixonar perdidamente justo agora, e justo por Digby, o irmão gêmeo de Eden, que é lindo, ruivo... mas comprometido.

Romance | 208 Páginas | Editora Arqueiro  | Skoob | Compre: Saraiva  •  Submarino  •  Americanas  •  Fnac Classificação: 4/5



Li a resenha desse livro semana passada e fiquei com muita vontade de lê-lo. Quando procurei o livro e vi que ele era bem fininho, decidi ler na frente dos outros que tinha para ler. Não foi surpresa nenhuma conseguir terminar o livro em um dia. A leitura é leve e flui muito bem; instigante e que prende. Além de que, precisava saber como terminaria o livro, precisava saber se os problemas de Lucille Bennet seriam resolvidos e se sua vida voltaria ao que era antes.

Lucille tem apenas 17 anos, mas já precisa carregar o peso de cuidar de sua irmã mais nova, de apenas 9 anos, Wrenny Bennet. Seu pai surtou em uma noite e acabou sendo internado e sua mãe foi embora alguns dias depois. Agora, Lucille precisa fingir para todos que sua mãe não abandonou as filhas, cuidar de sua irmãzinha, e não deixar ninguém as separarem. A jovem carrega nas costas a responsabilidade por alimentar a irmã, pagar as contas da casa, estudar; aguentar o máximo que conseguir até que completar 18 anos.

“A mamãe é que fazia todas essas coisas sem que ninguém se desse conta. Agora eu me dou conta. Reparo que ela não está. Reparo que ela não faz.”

O livro é narrado em primeira pessoa, vemos como Lucille está tentando se manter firme por ela e principalmente pela sua irmã. Ela não sabe se sua mãe um dia voltará, não sabe se um dia seu pai vai melhorar e voltar para casa. A única coisa que ela sabe é que as contas estão se acumulando, a comida que sua mãe deixou quando foi embora está acabando e a casa está desmoronando. Seu maior medo é que alguém descubra que as meninas estão sozinhas, e as denunciem e que elas de algumas forma sejam separadas. Depois do surto do marido, a mãe de Lucille resolveu tirar férias. Isso mesmo! Ela saiu de férias. Simplesmente pegou as coisas e foi embora. Ela abandonou as meninas para se virarem sozinhas: sem comida, sem dinheiro… sem nada. Lucille e a irmã não tem notícias da mãe, já que ela nunca telefonou, nem mesmo para dizer se continuava viva. Parece aqueles casos de pais que saem de manhã para comprar pão na padaria e nunca mais volta.

“Algumas coisas não podem ser desditas, desfeitas.”

Para alimentar Wrenny e pagar as contas, Lucille consegue um emprego em um restaurante, o problema é que ela não tem ninguém com quem deixar a irmã. É aí que entra a melhor amiga da jovem, Eden. A menina oferece sua ajuda para cuidar de Wrenny até o horário em que Lucille sai do trabalho. Mas quando um imprevisto acontece é o irmão gêmeo de Eden que passa a cuidar da pequena. 

É maravilhoso ver como Lucille tem a sorte de ter pessoas ao seu lado dispostas a ajudá-la. De como mesmo sem seu pai e sua mãe ao seu lado, ela tem pessoas que a amam e se preocupam com ela. Além desses personagens, mais algumas pessoas vão surgindo durante a narrativa: as amigas de Lucille do lugar onde ela trabalha, seu chefe - que é uma pessoa incrível -, e os “anjos da guarda” que ajudam as meninas sem elas saberem quem eles são.

 A escrita é apaixonante, é linda e fluida. Te prende e te faz não querer mais largar o livro. Os personagens são encantadores e fortes. A narrativa é emocionante e cativante. O único problema é que o livro terminou de uma forma que eu gostaria muito que a autora escrevesse uma continuação. Fora isso, eu recomendo muito a leitura.



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