[Resenha - Filme] O Lar das Crianças Peculiares

Nome: O Lar das Crianças Peculiare
DireçãoTim Burton
ElencoEva GreenAsa ButterfieldSamuel L. Jackson, Judi Dench, Terence Stamp, Ella Purnell
Duração: 2h 07 min
Nota: 6


Após a estranha morte de seu avô (Terence Stamp), o jovem Jake (Asa Butterfield) parte com seu pai para o País de Gales. Lá ele pretende encontrar a srta. Peregrine (Eva Green), atendendo ao último pedido do avô, que lhe disse que "ela contará tudo". Só que, ao chegar, descobre que o local onde ela viveria é uma mansão em ruínas, que foi atingida por um míssil durante a Segunda Guerra Mundial. Ao investigar a área, Jake descobre que lá há uma fenda temporal, onde a srta. Peregrine vive e protege várias crianças dotadas de poderes especiais.



É sempre complicado para diretores e produtores dirigir um filme que é a adaptação de um livro. E é sempre difícil para nós leitores, apaixonados pelo livro, ir ao cinema para assistir a essa adaptação. Nunca um filme será tão fiel a sua obra; nunca ficaremos realmente satisfeitos com o resultado; sempre iremos querer que o filme seja igual, ou pelo menos, que as mudanças não sejam tão absurdas. Certamente há casos e casos! Mas o que vi em O Lar das Crianças Peculiares foi um filme inspirado no livro, não uma adaptação do mesmo.


No filme, adaptado do romance (ou inspirado) O Orfanato da Srta. Peregrine Para Crianças Peculiares, (Leia a resenha do livro clicando aqui) que é o primeiro da trilogia escrito por Ransom Riggs. Após um acontecimento trágico na família de Jake (Asa Butterfield), ele parte em uma viagem ao País de Gales acompanhado de seu pai. Essa viagem é para descobrir mais sobre o passado de seu avô. É em meio as ruínas de um orfanato, que ele encontra as crianças da qual seu avô tanto falava. Essas crianças não são comuns; elas são peculiares. Agora, Jake precisa fazer de tudo para proteger essas crianças dos terríveis Étereos.


Tim Burton (O estranho mundo de Jack), é o responsável por dirigir a adaptação, o roteiro fica por conta de Jane Goldman (X-Men: Primeira Classe). O que se espera de um filme dirigido por Burton é o visual incrível. Ele acertou muito bem em mostrar o lado peculiar da obra. Mas pecou em adaptar o livro.

 Para começar, aquela linda relação entre o Jake e o avô é mal explorada. Não há profundidade nessa relação que foi o ponto forte do livro. Foi por essa relação que conhecemos as criança do orfanato, ela foi a responsável por nos conectar com os personagens. O filme corre muito para nos levar para o orfanato e conhecer quem são essas crianças.


É difícil falar sobre as atuações do elenco; não temos a chance de ver muito deles. O destaque vai para Eva Green como a Srta. Alma Peregrine, como o nome da diz, ela é a alma do filme. Também Samuel L. Jackson como o vilão Barron e Judi Dench como a Srta. Avocet.


Quando foi anunciado que teríamos um filme sobre as crianças peculiares, fiquei muito empolgada. Adoro o livro e queria muito ver toda aquele suspense, mistério e aventura que o livro traz. No fim foi um bom filme, mas que não me surpreendeu tanto assim. O Lar das Crianças Peculiares tinha tudo para ser uma trilogia de sucesso. Estou torcendo para que suas sequências (isso se existirem) sejam mais fiel possível ao material original.



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