[Resenha] Achados & Perdidos - Brooke Davis

Millie Bird é uma garotinha de apenas 7 anos que já sabe muita coisa. Ela já descobriu que todos nós um dia vamos morrer. Em seu Livro das Coisas Mortas, ela registra tudo o que não existe mais. No número 28 ela escreveu “Meu Pai". Millie descobriu também, da pior forma possível, que um dia as pessoas simplesmente vão embora, pois a mãe dela, abalada com a morte do marido, a abandona numa grande loja de departamentos. Ela só não está triste porque conheceu Karl, o Digitador, um senhor de 87 anos que costumava digitar com os próprios dedos frases românticas na pele macia de sua mulher. Mas, agora que ela se foi, ele digita as palavras no ar enquanto fala. Ele foi colocado pelo filho em uma casa de repouso, porém, em um momento de clareza e êxtase, ele escapa, tornando-se então um fugitivo. Agatha Pantha é uma senhora de 82 anos que mora na casa em frente à de Millie e que não sai mais, nem conversa com ninguém, há sete anos. Desde que o marido morreu, ela passou a viver num mundinho só dela. Agatha preenche o silêncio gritando, pela janela, com as pessoas que passam na rua, assistindo à estática na televisão e anotando em seu diário tudo o que faz. Mas, quando descobre que a mãe de Millie desapareceu, ela decide que vai ajudar a menina a encontrá-la. Então, a adorável garotinha, o velhinho aventureiro e a senhorinha rabugenta partem em uma busca repleta de confusões e ensinamentos, que vai revelar muito mais do que eles imaginam encontrar.

Romance | 252 Páginas | Cortesia Galera Record | Skoob | Classificação: 3/5

Eles não envelhecerão. Como nós que restamos envelhecemos.

Achados & Perdidos nos conta a história de 3 protagonistas: Millie, Karl e Agatha. Mille é uma garotinha de 7 anos extremamente curiosa, sempre querendo saber a resposta para tudo e também obcecada por coisas mortas. Após a morte de seu pai, a mãe de Millie a abandona na sessão de calcinhas de um shopping. Millie na esperança de que sua mãe retorne, começa a andar pelo shopping. Durante essas voltas, ela conhece Karl, o digitador, que também está passando um tempo ali no shopping depois de fugir do asilo que estava morando. Karla é um senhor de 87 anos que viu sua vida devastada após perder sua esposa para o câncer. Também temos Agatha, uma velhinha que vive isolada dentro de sua casa depois da morte de seu marido. Ela vive presa, sem ter contato com ninguém. Como Millie mora em frente a casa da Agatha e a estava incomodando, a velhinha decide ajudar a menina contanto que ela a deixasse em paz.

Juntos, eles partem em uma jornada em busca da mãe de Millie. O que eles não sabiam, é que essa jornada promete muito mais do que encontrar a mãe da garotinha.


Não foram tantos livros sobre jornadas que li até agora. Mas o que todos esses livros têm em comum são os ensinamentos por trás da história, por trás daquela jornada. E quando decidi ler esse livro, pensei que ao finalizar a leitura, esse seria um maravilhoso livro sobre jornadas; infelizmente não foi isso que aconteceu. Acho que não estava em um bom momento para ler esse livro; não conseguia me concentrar na leitura, e demorei muito tempo para terminar o livro. E isso contribuiu para que a leitura se tornasse bem cansativa.

Um fato no livro que não me agradou muito foi algumas partes narrados pelos dois velhinhos. Assim que li a sinopse do livro, pensei que a história fosse centrada somente na Millie; na busca por sua mãe. Mas como o livro é narrado pelo ponto de vista dos três protagonistas, as partes narradas pelo Karl e pela Agatha foram bem realistas. E alguns dos seus pensamentos, para mim, não condiz com um livro onde o foco é uma menina de 7 anos.

Enfim, Achados & Perdidos é um bom livro, que embora tenha pecado em tentar ser realista e engraçado, cumpre seu papel de entreter e em nos ensinar (não é porque não funcionou para mim, não quer dizer que não funcione para outros leitores). Queria muito que a história fosse centrada exclusivamente na Millie. Não posso dizer que não há lições no livro, tem sim! Mas é uma pena que para mim não foram muito bem absorvidas. Mas pode ser que você, leitor, ao ler o livro, as encontre. Possa ser que ao reler o livro eu venha me conectar mais com a história e com seus personagens. No entanto, no momento foi apenas uma boa leitura, mas que não se tornou uma das minhas preferidas - não como eu achei que se tornaria.


Parece estranho alguém querer se encontrar. Não seria mais lógico querer encontrar outra pessoa? Você não é a única coisa que é certeza nesse mundo?


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