Nome: A Lenda de Tarzan
Direção: David Yates
Elenco: Alexander Skarsgard. Margot Robbie, Samuel L. Jackson e Christoph Waltz
Duração: 1h50min
Nota: 8,5
Sinopse: Releitura da clássica lenda de Tarzan, na qual um pequeno garoto órfão é criado na selva, e mais tarde tenta se adaptar à vida entre os humanos. Na década de 30, Tarzan, aclimatado à vida em Londres em conjunto com sua esposa Jane, é chamado para retornar à selva onde passou a maior parte da sua vida onde servirá como um emissário do Parlamento Britânico.
Durante o último fim de semana, fui ao cinema para conferir dois lançamentos que estava em cartaz; um queria ver assim que foi anunciado e, outro foi mais como uma curiosidade.
A Lenda de Tarzan é um filme que estava curiosa para conferir desde que vi os primeiros indícios de que teríamos mais um filme sobre o "filhos das selvas", mesmo assim, quando teve seu lançamento, não fui correndo ao cinema para assistir. Esperei um pouco para decidir se iria ou não. Até que nesse fim de semana, decidi sim conferir o filme. Não foi um filme que criei grandes expectativas, mas que me surpreendeu assim que a história começou a ser contada. Desde que a história foi criada em 1918 por Edgar Rice Burroughs, o cinema vem retratando em várias versões o personagem. Dessa vez, ficou nas mãos do diretor David Yates (Harry Potter) trazer para as telas do cinema mais um filme relatando a vida de Tarzan na selva. Porém, ele fez diferente: aqui não vemos o que estamos acostumados a ver, o diretor resolveu contar sobre a vida de Tarzan em meio à civilização, depois de deixar de vez sua vida na selva. Mas em um determinado momento, Tarzan (Alexander Skarsgard) precisa retornar à selva africana, junto com George Washington Williams (Samuel L.Jackson) e Jane, para investigar um esquema que envolve a escravidão dos povos nativos. No entanto, essa viagem é uma armadilha, preparada para que Tarzan seja entregue nas mãos do chefe Mbonga (Djimon Hounso), um homem que nutre há anos uma sede de vingança contra o rapaz. Para conseguir isso, ele se associa ao Capitão Rom (Christoph Waltz), um homem frio que é capaz de fazer qualquer coisa para obter o que quer.
Como eu disse, aqui não vemos Tarzan sendo criado na selva pelos Gorilas, crescendo em meios aos animais. Na verdade, David Yates nos mostra o que acontece depois que o rapaz deixa a selva. Há a presença de alguns Flashbacks entre uma cena e outra, onde Tarzan relembra o passado, e com isso, temos a chance de ver como foi a criação dele pelos gorilas, como ele aprendeu a viver na floresta durante todo esse tempo, também, o momento em que ele encontra a Jane pela primeira vez. O diretor não se preocupou em nos mostrar o passado do Tarzan, até porque já estamos bem familiarizados com a história dele. O que ele quer, é mostrar o agora e como Tarzan fará para escapar dessa emboscada. As cenas de ação são boas. O cenário é lindo, a fotografia é belíssima, os efeitos utilizados no filme são igualmente belos.
Alexander Skarsgard nos apresenta um ótimo Tarzan. Ao meu ver, ele nasceu para interpretar esse papel. Além de Alexander, Margot Robbie está excelente no papel de Jane. Aqui a moça não é nenhuma donzela em perigo, que precisa sempre ser resgatada pelo seu amado; mas sim, uma Jane forte e audaciosa. Gostei muito dessa Jane!
O alívio cômico fica por conta de George Washington (Samuel L. Jackson), seu personagem fica ao lado do protagonista em todos os momentos, mesmo nos mais perigosos, sem se importar se sairá dali com vida ou não.
Christoph Waltz sabe interpretar papeis de vilão como ninguém. Capitão Rom é um personagem frio, irônico e violento. No primeiro momento em que o vi, logo me lembrei do personagem Hans Landa, do filme “Bastardos Inglórios”. Aqui ele está igualmente brilhante!
A Lenda de Tarzan foi além do que eu esperava. Não tinha muitas expectativas em relação ao filme, mas o que vi foi o bastante para gostar muito dessa nova adaptação. Ao se deparar com o filme, você pode ficar um pouco decepcionado por não tratar o passado do protagonista, por mim, ficou bem melhor assim; já conhecemos a história, não precisamos que ela seja recontada, por isso, não se desanime. Vale muito a pena assistir ao filme e se surpreender, assim como eu me surpreendi!
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