No segundo volume da série Scythe, a Ceifa está mais corrompida do que nunca, e cabe a Citra e Rowan descobrir como impedir que os ceifadores que não seguem os mandamentos da instituição acabem com o futuro da humanidade. Em um mundo perfeito em que a humanidade venceu a morte, tudo é regulado pela incorruptível Nimbo Cúmulo, uma evolução da nuvem de dados. Mas a perfeição não se aplica aos ceifadores, os humanos responsáveis por controlar o crescimento populacional. Quem é morto por eles não pode ser revivido, e seus critérios para matar parecem cada vez mais imorais. Até a chegada do ceifador Lúcifer, que promete eliminar todos os que não seguem os mandamentos da Ceifa. E como a Nimbo Cúmulo não pode interferir nas questões dos ceifadores, resta a ela observar. Enquanto isso, Citra e Rowan também estão preocupados com o destino da Ceifa. Um ano depois de terem sido escolhidos como aprendizes, os dois acreditam que podem melhorar a instituição de maneiras diferentes. Citra pretende inspirar jovens ceifadores ao matar com compaixão e piedade, enquanto Rowan assume uma nova identidade e passa a investigar ceifadores corruptos. Mas talvez as mudanças da Ceifa dependam mais da Nimbo Cúmulo do que deles. Será que a nuvem irá quebrar suas regras e intervir, ou apenas verá seu mundo perfeito desmoronar?
Distopia | 496 Páginas | Neal Shusterman | Cortesia Companhia das Letras | Série Scythe #2 | Skoob | Classificação: 4/5 | Compre: Amazon
Após a reviravolta surpreendente do primeiro livro, eu estava ansiosa para ler o segundo volume da série que acabou conquistando um lugar especial no meu coração. Quem já leu “O Ceifador” sabe que as coisas não acabaram bem para Rowan durante a Conclave. Após Citra conceder imunidade a seu antigo colega, ela se tornou a honorável Ceifadora Anastasia e segue ao lado da Ceifadora Currie coletando as almas. Diferente de seus colegas, Citra age com compaixão, concedendo as pessoas um tempo para se despedirem de seus familiares ou colocar a vida em ordem. Após esse tempo, ela volta para coletar essa pessoa. Esse modo de coletar acabou fazendo com que Citra ficasse conhecida na Ceifa. Alguns a elogiam por esse modo, outros a criticam por agir de forma diferente dos demais.
Rowan Damisch não conseguiu passar no teste para se tornar um Ceifador. Mas isso não o impediu de lutar contra a corrupção que se impregnou dentro da Ceifa. Vestindo seu mando negro, Rowan passou a ser conhecido como o Ceifador Lúcifer. Seu objetivo é coletar aqueles que ele julga não merecedor do anel, aqueles que se corromperam de alguma forma. Rowan passou a ser temido por muitos dentro da Ceifa, por isso, ele está sendo caçado, e quem o capturar, será visto como um herói por todos. Em paralelo a história de Citra e Rowan, conhecemos Greyson Tolliver, um garoto que sempre contou com a orientação da Nimbo-Cúmulo.
“- Assim como eu - Rowan respondeu. - Na Era Mortal, quando não se podia curar um câncer, eles o arrancavam. É exatamente o que eu faço.”
É por meio de uma missão que os caminhos de Greyson cruza com o de Citra e Currie. O jovem recebeu ordens para não interferir nos planos da Ceifa, porém ele acaba indo contra essa ordem e, por isso, se vê em meio a uma rede de segredos que envolvem muito mais do que ele imaginou. Ao mesmo tempo, um antigo inimigo ressurge, e cabe a Citra e Rowan acabar com essa ameaça que paira sobre todos. O problema é que eles não podem fazer isso juntos, não quando Rowan está sendo caçado e Citra é uma Ceifadora.
“O Ceifador” foi meu primeiro contato com a escrita de Neal Shusterman. Antes de ler o livro, eu tinha lido muitos comentários a respeito da obra, e minhas expectativas com relação à ela eram muito altas. A escrita dele continua tão fluida e envolvente quanto do primeiro livro. É impossível para o leitor largar o livro por um minuto. A história é cheia de reviravoltas e surpresas que prendem o leitor e nos obriga a continuar lendo por muito tempo. Temos a chance de ler toda a obra pelo ponto de vista de Citra, Rowan e a Greyson Tolliver, este sendo um personagem importante e considerado uma peça vital dentro da trama.
“Em um mundo natural, todos os seres fracos são erradicados com dor e preconceito. Tudo que merece empatia, compaixão e amor não recebe nada.”
O livro é cheio de acontecimentos que te deixam ansiosa e com muitas expectativas sobre o que virá a seguir. Gostei muito do crescimento que Citra e Rowan tiveram dentro da trama. Eles estão bem diferentes dos aprendizes que conhecemos no primeiro livro, e isso foi algo que gostei muito. O desfecho foi outra coisa que amei; ele me deixou sem chão. Eu não esperava esse final. Tudo o que eu imaginei que aconteceria, sucedeu-se de forma totalmente diferente. Eu não estava preparada.
A Nuvem conseguiu – assim como seu antecessor –, me envolver, me cativar e me fazer roer as unhas de ansiedade. É uma distopia surpreendente que encantará a todos. Se você ainda não conhece essa trilogia, sugiro que vá agora mesmo ler o primeiro livro. Você não vai se arrepender.
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