O terceiro volume da série best-seller Corte de Espinhos e Rosas, da mesma autora da saga Trono de Vidro em “Corte de Asas e Ruína" a guerra se aproxima, um conflito que promete devastar Prythian. Em meio à Corte Primaveril, num perigoso jogo de intrigas e mentiras, a Grã-Senhora da Corte Noturna esconde seu laço de parceria e sua verdadeira lealdade. Tamlin está fazendo acordos com o invasor, Jurian recuperou suas forças e as rainhas humanas prometem se alinhar aos desejos de Hybern em troca de imortalidade. Enquanto isso Feyre e seus amigos precisam aprender em quais Grãos-Senhores confiar, e procurar aliados nos mais improváveis lugares. Porém, a Quebradora da Maldição ainda tem uma ou duas cartas na manga antes que sua ilha queime.
Leia também:
Eu já estava morrendo de ansiedade esperando esse livro chegar. Desde que conheci e comecei a ler essa série, e todos os outros livros da Sarah, eu fico esperando pelo lançamento deles. Se você ainda não leu nenhum dos dois livros, saiba que a resenha pode ter alguns spoilers.
No final de “Corte de Névoa e Fúria” tudo desmoronou. Com a volta do rei de Hybern, foi declarado guerra. O rei deseja destruir a muralha que separa o mundo dos humanos do mundo dos feéricos. Ainda vemos Feyre vivendo na Corte Primaveril com o objetivo de destruir a corte de Tamlin e, assim, poder voltar para sua casa e seu parceiro. Ao mesmo tempo, Rhysand está juntando suas forças para combater Hybern.
Não vou fazer uma introdução muito longa sobre esse terceiro livro, porque quero me focar mais na narrativa e nos personagens. Até porque eu não saberia como situar, vocês, leitores, nesse enredo. Vamos começar pela pessoa que iniciou tudo... Feyre. Algumas pessoas, de início, não gostaram muito da personagem. Outros disseram que ela teve um crescimento a partir do segundo livro. No meu caso, eu gostei da Feyre desde as primeiras páginas de “Corte de Espinhos e Rosas” devido a sua força, coragem e determinação em proteger sua família, em alimentá-los, mesmo que estes a tratassem de uma forma horrível. Feyre é uma personagem surpreendente. Passamos a torcer por ela, nos inspirar em sua força e dedicação para com os outros, aqueles que não possuem nada ou que não podem se defender. Ela não é mais a mesma que foi levada por Tamlin. Ela não é mais a mesma mocinha indefesa que viveu na Corte Primaveril. Ela agora é uma guerreira, uma Grã-Senhora poderosa que fará de tudo para destruir aqueles que destruíram a vida de suas irmãs. Feyre quer vingança contra Tamlin, quer que ele pague por tudo o que fez. E, quando ela volta para seu parceiro, para sua casa e para sua corte... Ah, meus amigos, o que era bom, fica ainda melhor.
Rhysand, meu amor, meu eterno crushe... Eu sempre gostei dos vilões, algumas vezes prefiro esses personagens aos mocinhos. E quando esse Grão-Senhor apareceu, com todo seu poder, foi praticamente amor à primeira vista. E depois de conhecer toda sua história, todo seu sofrimento, esse amor cresceu. É impossível não torcer por ele, ainda mais depois de todo o sacrifício, todas as coisas pelo qual ele precisou abrir mão, somente para que seus amigos e seu povo permanecessem vivos e bem. Rhys é um personagem que não se importa em sacrificar sua felicidade e sua vida para salvar aqueles que ama. Mas, também, quando ele conhece Feyre, sua felicidade começa. Vendo a forma como eles se amam, vendo o amor deles, passamos a comparar como é diferente do relacionamento que Feyre tinha com Tamlin. Enquanto este só a sufocava com sua preocupação e proteção, Rhys sabe que sua parceira é forte, que ela pode cuidar muito bem de si mesma; que ela nem sempre precisará dele para protegê-la. Enquanto Tamlin não permitia que Feyre tomasse suas próprias decisões, sempre se baseando no fato de saber o que era melhor para ela; Rhys a apoia, confia em seu julgamento e decisões, a entende como nenhum outro. Suspiramos com os momentos deles juntos, com as cenas onde eles declaram esse amor. Eles são iguais, Grão-Senhor e Grã-Senhora da Corte Noturna.
Ainda temos as irmãs de Feyre que foram transformadas pelo Caldeirão. Nestha e Elain tiveram suas vidas tirada delas pelo desejo de Tamlin de ter Feyre de volta. Elas foram Feitas, são diferentes de tudo o que eles conhecem. Ninguém sabe se elas possuem poderes, e quais são esses poderes. Ninguém sabe o que aconteceu realmente. Nestha, que desde o começo, eu não fui com a cara dela, está ainda mais fria do que antes. Ela se sente violada por algo que ela não conhece, por algo que ela não desejou. Ela se sente na obrigação de proteger Elain com unhas e dentes. A personagem teve um crescimento nesse livro. Ela possui um grande poder, brutal e desconhecido. Elain vive afastada de todos, enclausurada em seu quarto, sentindo tudo aquilo que perdeu. É emocionante ver a forma como ela lida com seus poderes, com sua nova vida; isso sem deixar a pessoa que ela era para trás.
E passamos para um dos meus personagens favoritos: Cassian, general do exército de Rhysand. O grande amigo que teve que suportar o sacrifício de Rhysand sem poder fazer nada. Ele é aquele tipo de personagem brincalhão, que adora fazer piadas... Mas quando a guerra está a sua frente, ele se torna o guerreiro que nasceu para ser. O general que seu Senhor precisa. Ele sofre, ele apanha, ele briga, mas se isso significa manter seus amigos a salvo, ele não se importa muito. Cassian e Nestha tem momentos bem engraçados e cheios de comentários ariscos em todo o livro. É bom ver o envolvimento dos personagens, o quanto Nesta passa a se importar com Cassian, e o quanto ele quer mudar a vida dela.
Azriel e Morrigan também têm momentos incríveis durante a narrativa. Assim como Cassian, eles são guerreiros treinados, dispostos a tudo para vencer Hybern. Azriel já viveu muito e passou por tantas coisas, mesmo assim, é uma pessoa gentil, um amigo leal e um grande guerreiro. Mor tem muitos outros momentos nesse livro, muitas revelações sobre a personagem. Amren é outra personagem fantástica, com um poder que nem todos conhecem. Uma pessoa que todos temem só em ouvir o nome. Deixei esse por último... Tamlin. Que ódio desse homem! Eu confesso que gostava dele, até torcia por ele, mas depois do que ele fez, esse amor virou ódio puro. Para mim, ele continua o mesmo do primeiro livro. Pensei que terminaria a leitura satisfeita e odiando menos o personagem, mas nada mudou. Em quase todos os momentos que ele aparece, ele faz questão de mostrar o quanto é forte, de mostrar o quanto ele é INSUPORTÁVEL. Deu-me muita raiva quando ele agia de forma tão infantil somente para provocar Rhys e Feyre. Como se toda a preocupação dele fosse infernizar o casal. estou revirando os olhos nesse momento
Bom... Agora que falei sobre os personagens, vou passar para a trama, para todos os acontecimentos do livro. Sarah J. Maassabe escrever as cenas de guerra de uma forma espetacular. Pegamo-nos imaginando os cenários, os movimentos, tudo que está acontecendo naquele momento. Essas cenas são de tirar o fôlego e nos deixa roendo as unhas de preocupação. Vai que ela decida matar um personagem que você goste? Ela faz muito isso! Sarah não nos poupa do sofrimento. Muitas alianças, muitas traições, e momentos de tensão fazem parte da narrativa de “Corte de Asas e Ruína”. Cada momento é angustiante e desesperador. A ansiedade não nos permite abandonar o livro; sempre querendo mais... Ler mais... Saber mais. É tudo na medida certa: romance e batalha.
A história de Rhysand e Feyre termina nesse livro, mas ainda teremos mais, só que agora focados nos outros personagens. Eu só torço para que a nossa querida Sarah nos presenteie com algumas cenas desses dois.
Empolguei-me com a resenha! Eu vou parar por aqui, se não, é bem capaz que eu continue a falar mais sobre esse livro. Eu só digo que Sarah conseguiu mais uma vez me surpreender. O universo que ela criou é rico em detalhes; é maravilhoso e incrível. Eu só peço que deem uma chance ao livro, a série. LEIA! Tenho certeza que você não vai se arrepender.
Comentários
Postar um comentário