Sua vida anterior já não existe mais. Uma nova se inicia. Lembre. Corra. Sobreviva. Ao acordar dentro de um escuro elevador em movimento, a única coisa que Thomas consegue lembrar é de seu nome. Sua memória está completamente apagada. Mas ele não está sozinho. Quando a caixa metálica chega a seu destino e as portas se abrem, Thomas se vê rodeado por garotos. “Bem-vindo à Clareira, Fedelho”. A Clareira. Um espaço aberto cercado por muros gigantescos. Assim como Thomas, nenhum deles sabe como foi parar ali. Nem por quê. Sabem apenas que todas as manhãs as portas de pedra do Labirinto que os cerca se abrem, e, à noite, se fecham. E que a cada trinta dias um novo garoto é entregue pelo elevador. Porém um fato altera de forma radical a rotina do lugar: chega uma garota, a primeira enviada à Clareira. E mais surpreendente ainda é a mensagem que ela traz consigo. Thomas será mais importante do que imagina. Mas para isso terá de descobrir os sombrios segredos guardados em sua mente e correr...correr muito.
Distopia | 426 Páginas | James Dashner | Série Maze Runner #1 | Editora V&R | Skoob | Classificação: 5/5
Imagine a seguinte situação: você acorda, de repente, dentro de um lugar completamente escuro, sem saber exatamente nada sobre sua vida e como foi parar ali. Assustador, não é? Este é o começo de Maze Runner: Correr ou morrer.
A única coisa que Thomas sabe sobre sua vida é o seu nome. Ele não sabe quem eram seus pais, onde morava, o que fazia até chegar à clareira. Assustado, ele tenta entender como chegou aquele lugar e quem o enviou para lá; e o principal, o porquê. Quando chega à clareira, Thomas é recebido por outros garotos iguais a ele; nenhum ali sabe nada sobre si mesmo. Agora, resta a Thomas entender o motivo de estar ali e tentar se adaptar, ou encontrar uma forma de sair. O problema é que não será fácil encontrar uma forma de fugir deste lugar. Os garotos que vivem há mais tempo já tentaram de tudo e não conseguiram. A única coisa que os garotos (clareanos) sabem é que a caixa que trouxe todos até ali, volta uma vez ao mês com suprimentos e com mais uma pessoa.
“– Legal conhecer você, trolho – disse o garoto. – Bem-vindo à clareira.”
A clareira é um espaço enorme, com algumas áreas, como: a cozinha, lugares para plantar, uma sede, um cemitério, uma floresta e, é claro, o labirinto. Este último é uma zona proibida a todos, exceto aos corredores. Somente eles têm permissão de entrar no labirinto e mapear o lugar em busca de uma saída. Todos os dias esse labirinto se abre, possibilitando que os corredores entrem. Em uma determinada hora do dia, ele se fecha, impossibilitando que as criaturas que vivem nele saiam. Se não bastasse essas criaturas (verdugos), o labirinto ainda muda sempre quando as portas se fecham. Para piorar ainda mais a vida de todos, o elevador traz mais uma pessoa: uma garota; a primeira em anos. Com ela, uma mensagem: “Ela é a última”. A partir daí tudo começa a mudar. Coisas estranhas começam a acontecer. Está na hora deles encontrarem uma saída. Entretanto, parece impossível que Thomas e todos os outros, um dia, consigam escapar dali, correto?
“–Parece mesmo um labirinto – sussurrou Thomas, quase rindo para si mesmo. Como se as coisas não pudessem se tornar mais estranhas. Tinham lhe tirado a memoria e o haviam colocado em um labirinto gigantesco. Era tão louco que até parecia engraçado.”
Maze Runner: Correr ou morrer é o primeiro livro de uma trilogia escrita pelo autor James Dashner. Eu comprei este livro ano passado, e consegui lê-lo este mês. Como teve a estreia do terceiro e último filme da trilogia, eu decidi que leria os livros. Eu já assisti aos outros filmes, então, queria muito poder ler o livro e comparar a obra com a adaptação. Como sempre, o livro é muito melhor, com mais detalhes, mais informações e momentos de tensão. O começo do livro serve para nos situar no enredo; entender o que acontece na clareira, conhecer todos que vivem nela e entender o labirinto. A narrativa é feita em terceira pessoa, com o foco no Thomas. Acompanhamos cada passo do protagonista e descobrimos juntos com ele algumas coisas sobre o lugar. Como eu já tinha visto o filme sabia mais ou menos o que esperar, mas, como nem tudo é igual, acabamos vendo mais coisas e descobrindo mais detalhes.
Se eu já gostava dos personagens na adaptação, durante a leitura, meu amor por eles cresceu muito mais. Começando pelo Thomas, nosso querido protagonista que eu adoro. Sempre corajoso, às vezes impulsivo, mas muito leal. Eu gosto muito do personagem, tanto nos filmes, como agora no livro. Minho, outro personagem que amo. Foi muito bom conhecer mais da personalidade dele durante a leitura. Newt, a voz da razão em muitos momentos. Teresa (eu ainda não li o segundo livro, mas já sei que vou ficar com raiva dela), nesse livro eu até que gostei dela pela sua coragem e determinação. E por último, Gally, o insuportável. Nem preciso dizer mais, né?
James Dashner entrega um enredo maravilhoso, envolvente e cheio de enigmas para serem desvendados. O autor possui uma escrita leve, fluida; os capítulos são bem pequenos, com isso, o leitor nem percebe que está avançando cada vez mais. A trama é cheia de mistérios, suspense, ação, muita tensão e uma pitada, bem pequena mesmo de romance. O final do livro é surpreendente e instigante. Nos fazendo querer ler o segundo livro logo em seguida. Se você é fã de distopias, então eu tenho certeza que você vai gostar muito desse livro.
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