Neste romance histórico juvenil escrito pela autora de “O diário da princesa”, acompanhamos a trajetória de Victoria. Criada pelos tios na Índia, ela é enviada a Londres aos 16 anos para conseguir um marido. Mas é na longa viagem até a Inglaterra que a jovem encontra o amor, na figura de Hugo Rothschild, o nono Conde de Malfrey. Tudo estaria ótimo se não fosse a insuportável interferência do capitão do navio, Jacob Carstairs. Por que ele não pode confiar na escolha de Victoria? Por que ele não a deixa em paz? Estaria Hugo escondendo algo?
Juvenil | 256 Páginas | Meg Cabot | Cortesia Galera Record | Skoob | Classificação: 3/5 | Compre na: Fnac • Submarino • Livraria Cultura
Mais um livro que eu estava muito ansiosa para ler, mas que no final, não superou minhas expectativas. Sabe quando você gosta de um livro, mas não tanto para ficar falando dele para todos? Pois foi isso o que aconteceu com "Victoria e o Patife". Sou apaixonada por romances de época, e quando vi que esse era o gênero do livro e que ele foi escrito pela Meg Cabot, fiquei querendo muito lê-lo. Porém não aconteceu com esse a mesma coisa que aconteceu com os outros livros da autora: não me senti envolvida pela narrativa e nem pelo romance dos personagens.
Vamos conhecer um pouco sobre a história do livro. Victoria vive com os tios na Índia, mas está voltando para Londres para ficar um tempo na capital. A abordo do navio Harmonia, ela conhece Lorde Malfrey. Mesmo sem saber quase nada sobre o homem, Victoriafica noiva dele, ali mesmo, no navio. Sem nem ao mesmo conversar com os tios sobre isso. Acontece que ela herdou uma grande fortuna do pai, com isso, acha que não precisa de permissão de ninguém para nada. No mesmo navio, a jovem conhece Jacob Carstairs, capitão do Harmonia. Jacobassim que fica sabendo sobre o noivado de Victoria, se vê no direito de contar a moça a verdade sobre seu noivo. Acontece que isso se tornará uma tarefa difícil para ele, já que Victoria não consegue ficar perto de Jacob ou conversar com ele sem se irritar; e no final, eles sempre acabam brigando.
Uma coisa que gostei no livro foi que ele possui aquele tom divertido dos livros da Meg Cabot. No entanto, nem mesmo isso conseguiu fazer com que eu me aproximasse dos personagens, ou melhor, da Victoria. A protagonista é uma personagem que, ao invés de se comportar como uma menina da idade dela, agia de maneira inconsequente e mimada. Quem em sã consciência fica noiva de um cara do qual não sabe nada?Simplesmente só para implicar com outra pessoa? Eu vi em Victoria uma pessoa egoísta, imatura e insuportável. Não consegui gostar dela. Gostei bem mais do Jacob e a maneira como ele enfrenta Victoria. Ele não falava o que ela gostaria de ouvir, ele falava a verdade para ela, mesmo se ela não gostasse do que estava ouvindo.
Um dos motivos pelos quais sou apaixonada por romances de época é o romance, o envolvimento dos protagonistas. Contudo, nesse caso, eu não torci pelo casal, não suspirei por eles, nem fiquei ansiosa pelas cenas deles dois juntos. Queria que a autora tivesse desenvolvido melhor o relacionamento dos personagens; que desenvolvesse melhor os próprios personagens. A trama não me convenceu e o final foi um pouco decepcionante para mim. Esperava muito mais desse livro.
Em suma, Victoria e o Patife não conseguiu suprir minhas expectativas. Eu teria preferido um livro com mais páginas, onde a autora explorasse mais os personagens, onde ela desenvolvesse melhor o enredo. Fiquei com a sensação de que a protagonista permaneceu a mesma pessoa, que ela não teve um crescimento pessoal ou que aprendeu com os erros cometidos. Por fim, digo que o livro não funcionou comigo, mas possa ser que funcione com você. Talvez você goste. Quem sabe?
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