Setembro Amarelo é uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio, com o objetivo direto de alertar a população a respeito da realidade do suicídio no Brasil e no mundo e suas formas de prevenção.
“A depressão não discrimina. Não importa quem você seja, ou de onde vem. Afeta pessoas de todas as idades, raças e origens.” Dra. Carissa F. Etienne, Diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) mais de 300 milhões de pessoas vivem com depressão. O alerta veio da Organização Mundial da Saúde (OMS) na semana do Dia Mundial da Saúde. O número de casos da doença, estimado em 2015, representa um aumento de 18% desde 2005. Segundo a Nações Unidas, a patologia já é considerada a principal causa de problemas de saúde e incapacidade em todo o mundo.
No Dia Mundial da Saúde, a agência decidiu marcar a data internacional com a campanha “Depressão: vamos conversar”. Além de garantir que todos os pacientes em necessidade recebam atendimento, a iniciativa pretendia estimular pessoas vivendo com o transtorno a buscar ajuda livres de qualquer estigma. Em países de alta renda, quase 50% dos indivíduos com depressão não recebem tratamento.
“Mesmo a depressão mais grave pode ser superada com o tratamento adequado. E o primeiro passo para obter tratamento é conversar”. Dra. Carissa F. Etienne
Com a campanha, a organização também chama atenção para a falta de investimentos no combate à doença. Em média, apenas 3% dos orçamentos de saúde dos governos são investidos em saúde mental, variando de menos de 1% em países de baixa renda a 5% em nações desenvolvidas.
Nas Américas, cerca de 50 milhões de pessoas viviam com depressão em 2015 — o equivalente a quase 5% da população. Quase sete em cada dez habitantes da região que têm a doença não recebem o tratamento de que precisam. Estudo da OMS apontou que o Brasil é o país que tem a maior taxa de depressão da América Latina. Cerca de 5,8% da população é afetada pela doença. Atrás está Cuba, com 5,5%, Paraguai com 5,2%, Chile e Uruguai com 5%.
"Devido ao estigma associado à depressão, poucos querem falar sobre ela." Dra. Carissa F. Etienne
Sintomas, tratamentos e custos
A OMS lembra que “a depressão é diferente das flutuações de humor usuais e das repostas emocionais de curta duração dadas aos desafios cotidianos”. A doença é o resultado de uma interação complexa entre fatores sociais, psicológicos e biológicos, podendo agravar o estresse e provocar disfunções.Segundo a agência da ONU, a depressão é um transtorno mental comum, caracterizado por tristeza persistente e uma perda de interesse por atividades de que as pessoas normalmente gostam, acompanhadas por uma incapacidade de realizar atividades diárias por 14 dias ou mais. Além disso, as pessoas com depressão normalmente apresentam vários dos seguintes sintomas: perda de energia; alterações no apetite; dormir mais ou menos do que se está acostumado; ansiedade; concentração reduzida; indecisão; inquietação; sentimentos de inutilidade, culpa ou desesperança; e pensamentos sobre autolesão ou suicídio.
O tratamento da patologia envolve geralmente psicoterapia ou medicação antidepressiva — os dois métodos também podem ser combinados. Ambas as abordagens podem ser oferecidas por profissionais de saúde não especializados, após treinamento e usando o Guia de Intervenção da OMS.
Mais de 90 países de todos os níveis de renda, incluindo 23 das Américas, introduziram ou ampliaram programas que fornecem terapia para depressão e outros transtornos mentais a partir da publicação da agência da ONU. Segundo o organismo internacional, a falha na ação é onerosa.
Um estudo conduzido pela OMS calculou os custos de tratamento e os resultados de saúde em 36 países de baixa, média e alta renda para 16 anos, de 2016 a 2030, além de mensurar o impacto dos baixos níveis de identificação da doença e de acesso a cuidados para a depressão e para o transtorno de ansiedade. Consequências trazidas pelas patologias e por problemas na prestação de atendimento geram uma perda anual estimada em 1 trilhão de dólares.
A depressão não é um sinal de fraqueza e pode afetar qualquer pessoa. Ela pode ser tratada com psicoterapia, medicamentos antidepressivos ou uma combinação de ambos. Busque ajuda! Lembre-se que, se receber cuidados adequados, você poderá melhorar.
O CVV - Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, email, chat e Skype 24 horas todos os dias.
Consulte os endereços dos postos do CVV aqui.
O CVV - Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, email, chat e Skype 24 horas todos os dias.
Consulte os endereços dos postos do CVV aqui.
Comentários
Postar um comentário