[Resenha] A Seleção - Kiera Cass

Anos atrás, Kahlen foi salva de um naufrágio pela própria Água. Para pagar sua dívida, a garota se tornou uma sereia e, durante cem anos, precisa usar sua voz para atrair as pessoas para se afogarem no mar. Kahlen está decidida a cumprir sua sentença à risca, até que ela conhece Akinli. Lindo, carinhoso e gentil, o garoto é tudo o que Kahlen sempre sonhou. Apesar de não poderem conversar pois a voz da sereia é fatal , logo surge uma conexão intensa entre os dois. É contra as regras se apaixonar por um humano, e se a Água descobrir, Kahlen será obrigada a abandonar Akinli para sempre. Mas pela primeira vez em muitos anos de obediência, ela está determinada a seguir seu coração.

Fantasia Distópica | 368 Páginas | Kiera Cass | Editora Seguinte | Skoob | Classificação: 5/5

Nesta distopia, conhecemos o reino de Illéa, que é dividido em oito castas. Vocês já devem imaginar que o povo da casta Oito é a mais pobre de todas, e a Um a mais rica; esta é a casta da realeza. E, é na casta Cinco que America Singer pertence. Nesta casta, as pessoas tem como profissão alguma atividade relacionada a arte, como: música, pintura, artesanato, etc. America escolheu a música - ela cantava e tocava piano. Mesmo pertencendo a esta casta, America não tinha uma vida miserável, mas ainda vivia em grandes dificuldades e restrições. A jovem vive um romance com Aspen, pertencente à casta Seis. Este fato tona o relacionamentos deles muito complicado. Aspen não deseja que America vá para uma casta inferior a dela e que passe por dificuldades. Ele deseja o melhor para a moça. Apesar de amá-la muito, e pensando no futuro de America, Aspen rompe o namoro de dois anos com a jovem. Paralelamente acontecia a Seleção. Todas as jovens com idade entre dezesseis e vinte anos, se quisessem, poderiam se inscrever e participar desta seleção; onde seriam escolhidas trinta e cinco garotas, cada uma de uma casta, para uma competição onde seria escolhida a futura esposa do príncipe Maxon. Depois de receber uma carta em sua casa, America, depois de muita insistência da mãe, aceita participar. Ela sabe que nunca poderia ser escolhida. Ela estava satisfeita com ideia de um dia se casar com Aspen. Mas para a surpresa de todos - principalmente de America - ela acaba sendo uma das selecionadas. Agora, ela precisa deixar sua família e Aspen para traz e partir para morar no palácio junto ao rei e rainha e, também, junto a Maxon.

“Não queria ser da realeza. Não queria ser Um. Não queria nem tentar.”

Vou começar falando um pouco sobre cada um dos personagens: America é uma pessoa muito corajosa, teimosa, um tanto impulsiva, determinada e bastante humilde. Sempre procurando um modo de superar as dificuldades e ajudar sua família. Mesmo sem querer participar da Seleção, ela sabe que esse é um modo de ajudar todos da família; já que as participantes receberiam uma ajuda de custo pelo tempo que permanecessem na competição. Aspen, apesar de ter partido o coração de America, fez pensando no bem-estar da moça. Mesmo ficado muito irritado com ele por fazer isso, não posso culpá-lo por querer o melhor para America. Ele só queria garantir um bom futuro para ela. Já Maxon vê na Seleção a chance de encontrar o amor e a pessoa que passará o resto de seu dias ao seu lado. O jovem príncipe é bondoso, carinhoso, divertido e logo se torna um bom amigo para America. A relação dos dois  evolui para um algo a mais, fazendo com que a jovem se sinta dividida entre permanecer presa ao seu grande e primeiro amor, ou dar uma chance para o príncipe que cada dia ocupa um lugar  em seu coração.

[...] Na verdade eu era egoísta e geniosa, e não gostava de aparecer na frente dos outros. Não era corajosa, e esse emprego exigia coragem. Sim, emprego: não se tratava só de um casamento, mas de um cargo.

Contudo, não é só de romance que se faz um livro. Em A Seleção o romance divide espaço com os ataques de rebeldes ao castelo. Como esse ainda é o primeiro livro, não fica claro quais são as motivações dos rebeldes. Além disso, Kiera Cass ainda mostra as diferenças de culturas e classes sociais; além de fortes críticas sociais. A Seleção foi um dos livros que li mais rápido em toda minha vida. A trama criada por Kiera Cass me envolveu e me prendeu do início ao fim. Um livro que mistura romance, intrigas políticas e suspense.