Mais um livro que faz parte do desafio Hello Sunshine. Nesse desafio eu me propus a ler alguns livros indicados pela atriz e produtora Reese Witherspoon. Esse já é o segundo que leio da lista e pretendo continuar lendo um livro por mês para o desafio.
Em “Pequenos Incêndios por Toda a Parte" vamos conhecer a relação familiar de algumas pessoas que vivem em Shaker Heights. Nessa cidade, parece que tudo tem que ser perfeito; a própria cidade fora construída para ser perfeita. Há um rigorosa seleção de moradores, existem até mesmo regras que ditam de que cor as casas devem ser pintadas. Tudo precisa segui um padrão.
Começamos a história do livro com um incêndio que destruiu a casa dos Richardson. Mesmo que nada tenha sido confirmado, parece que todos sabem quem foi o responsável pelo incêndio. Esse cenário é o ponto inicial para que a narrativa seja contada, isso por meio de flashbacks que passam a narrar os acontecimentos de meses passados até chegar ao dia do incêndio. Tudo começa quando Elena Richardson aluga uma casa para Mia Warren e sua filha adolescente Pearl. Mia e Pearl nunca passaram muito tempo num único lugar, elas estão sempre se mudando por conta do trabalho de Mia; ela é fotógrafa e tem um estilo de vida bem boêmio, nada parecido com a forma que Elena e sua família vivem. Logo após a mudança, Pearl faz amizade com Moody, um dos filhos de Elena, e logo a adolescente passa a frequentar a residência dos Richardson. Essa aproximação no começo não agrada muito Mia, mas depois de um tempo, ela mesmo acaba conhecendo todos os integrantes da família quando é contratada por Elena para ser faxineira/cozinheira. Essa aproximação entre as duas famílias gera uma transformação no meio de todos à medida que elas passam a interagir entre eles e conhecer detalhes da vida, principalmente do passado de alguns.
Mais ou menos na metade do livro, a trama ganha um desvio que muda o plot em outra direção. Isso gera muitos conflitos entre os personagens, e uma busca pelo passado de Mia. Esse detalhe na trama, a obsessão da Elena em encontrar algo no passado da inquilina que fosse algo reprovador ou ameaçador não me incomodou. Na verdade o que me incomodou mesmo no livro foi uma das personagens: Izzy Richardson. Na primeira página do livro todos a descrevem como a ovelha negra da família, como uma adolescente problemática. No entanto, ao longo das páginas os momentos em que ela de fato aparece foram poucas e seus desenvolvimento dentro da trama foi rasa, nada interessante. Eu imaginei que ela seria a mais interessante dentre todos os personagens, que seu desenvolvimento fosse bem significante, mas o que vi aqui foi uma personagem sem nada de atraente, com uma história muito fraca.
Alguns detalhes na trama não me permitiram apegar-me a nenhum personagem. Simpatizei com alguns, mas não a ponto de torcer e sentir falta deles no final da leitura. Esse livro me deixou com um sentimento meio ambíguo: gostei de algumas coisas, de outros nem tanto. Quando eu vi que haveria um possível conflito entre as suas famílias e que o livro traria um drama familiar, eu pensei que seria uma narrativa mais densa e sentimental, mas em parte, não foi isso o que encontrei. Acho que o meu grande problema mesmo foi a minha falta de empatia com os personagens, esse detalhe não me fez apreciar mais a leitura. O que foi uma pena porque eu estava bem ansiosa por essa leitura.
Um livro que fala sobre convívio e criação de filhos, problemas familiares e segredos mantidos escondidos a sete chaves. Se você leu essa resenha e ficou triste pelos pontos apontados, não fique! Leia o livro e tire suas próprias conclusões sobre ele.
Autora: Celeste Ng
Ano: 2018
Editora: Intrínseca
Páginas: 416
Comentários
Postar um comentário