Resenha | O jardim das borboletas - Dot Hutchison

Quando a beleza das borboletas encontra os horrores de uma mente doentia. Um thriller arrebatador, fenômeno no mundo inteiro. Perto de uma mansão isolada, existia um maravilhoso jardim. Nele, cresciam flores exuberantes, árvores frondosas... e uma coleção de preciosas “borboletas”: jovens mulheres, sequestradas e mantidas em cativeiro por um homem brutal e obsessivo, conhecido apenas como Jardineiro. Cada uma delas passa a ser identificada pelo nome de uma espécie de borboleta, tendo, então, a pele marcada com um complexo desenho correspondente. Quando o jardim é finalmente descoberto, uma das sobreviventes é levada às autoridades, a fim de prestar seu depoimento. A tarefa de juntar as peças desse complexo quebra-cabeça cabe aos agentes do FBI Victor Hanoverian e Brandon Eddinson, nesse que se tornará o mais chocante e perturbador caso de suas vidas. Mas Maya, a enigmática garota responsável por contar essa história, não parece disposta a esclarecer todos os sórdidos detalhes de sua experiência. Em meio a velhos ressentimentos, novos traumas e o terrível relato sobre um homem obcecado pela beleza, os agentes ficam com a sensação de que ela esconde algum grande segredo.

Romance Policial | 304 Páginas | Dot Hutchison | Trilogia The Collector #1 | Cortesia Planeta de Livros | Skoob| Classificação:  4/5



Uma mansão isolada. Um jardim e suas borboletas. Este é o cenário do livro “O jardim das borboletas”. Quando receberam a notícia sobre um cativeiro, os agentes do FBI, Victor Hanoverian e Brandon Eddison não imaginavam o que iriam encontrar quando chegassem ao lugar. Jovens e muito bonitas, essas garotas eram levadas a esse cativeiro, recebiam novos nomes e asas de borboletas tatuadas em suas costas. O responsável por isso? Um homem conhecido apenas como o Jardineiro. De início não sabemos qual a sua motivação, o que ele queria com isso. Agora, os agentes tem um desafio pela frente: descobrir mais sobre essas jovens, sobre esse lugar e sobre o Jardineiro. Mas isso não será uma tarefa fácil para eles: as jovens estão assustadas, traumatizadas; todas menos uma. Maya parece não estar com medo, não parece assustada. Ao contrário, a todo o momento, durante o interrogatório, ela se mostra calma e tranquila. Inteligente e sem um passado claro, é através dela que vemos o desenrolar desse mistério.  

“A pessoa que você é não se resume em um nome, mas sim em uma história e eu preciso conhecer a sua”.


O livro começa com as garotas já no hospital, após serem resgatadas e com Maya sendo interrogada pelos agentes. Eles não conseguem entender a garota. No começo, eles acreditam que ela seja cúmplice do jardineiro, já que o que ela demonstra não condiz com uma pessoa que passou por um trauma tão grande. É aos poucos que conhecemos mais dessa garota misteriosa e calada, que esconde segredos que vão prendendo o leitor a cada página. Quando começamos a ler o livro, não conseguimos saber se o que ela fala é verdade, ou se está tentando enganar os agentes. Percebemos que ela esconde algo grande, que ela – pelas suas lembranças do passado – está tentando fugir de alguém. E é através desse interrogatório, dessa conversa dela com os investigadores que vemos tudo se desenrolar na trama, e isso é muito interessante e incrível. Outro personagem que nos intriga é o Jardineiro. Ele é uma pessoa que dá medo. Vemos a forma como ele trata cada uma de suas borboletas: com cuidado, preocupação. Ele demonstra sentir amor por cada uma delas, fazendo de tudo para que elas estejam bem. Dava arrepios ver a forma como ele falava com elas, e achava que isso era super normal, que o que fazia não era errado.

“À noite, o jardim era um lugar de sombras e luar, onde se podia ouvir com mais clareza todas as ilusões que os transformavam naquilo que era. Durante o dia havia conversas e movimentos, às vezes jogos ou canções, e isso disfarçava o som dos canos a transportarem água e nutrientes através dos canteiros, das ventoinhas que faziam circular o ar. À noite, a criatura que era o jardim largava a sua pele sintética para revelar o esqueleto por debaixo”.


Mas isso é só a ponta do iceberg. Ainda tem muito mais, muito mistério que será revelado. Os relatos sobre o que acontecia no cativeiro deixam o leitor com muita raiva. Vemos que muitas dessas meninas estão presas há anos, isoladas do mundo, vivendo longe de todos. Todos esses detalhes cria uma atmosfera de muita tensão e deixa quem está lendo em estado de agonia. Por fim, cheio de surpresas, “O Jardim das Borboletas” é um livro que te deixará presa às paginas, sem conseguir largar até ter terminado a leitura. Os personagens são intrigantes e complexos; a trama é excelente e surpreendente. É um livro que indico a todos.









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