Admito que não foi sempre que os livros me atraíram. No Ensino Médio havia sempre uma leitura a realizar para uma prova ou para um trabalho, mas considerava aquilo como uma espécie de “obrigação” e não via prazer naquelas leituras. Porém, isso mudou quando conheci Jane Austen... Lembro-me bem a primeira vez que li um livro dessa autora: estava esperando meu noivo terminar uma prova de vestibular, e acabei confundindo o horário do término da prova. Como não queria voltar para casa, resolvi passar em uma livraria e olhar o que tinha por lá. E, lá dentro, cercada de tantos livros, eu escolhi “Orgulho e Preconceito”.
Não sabendo eu que aquele livro, aquela leitura mudaria a minha vida. Assim que sai da livraria, sentei num banco e comecei a ler e não consegui mais parar. Posso ter falado isso de outros livros, mas para o primeiro livro que li por prazer, aquele momento foi mágico. Quando terminei de ler alguns dias depois, eu não resisti e comecei a ler de novo. Este foi um dos livros que mais li na vida.
Depois deste momento, eu lia, lia e lia... sem me cansar, sem parar para respirar. Vivia imerso em um mundo de fantasia, onde eu choro, rio, gargalho, sinto ódio, amor, torço e suspiro. Por vezes esqueci de mim, esqueci do que estava a minha volta e mergulhava na história que estava sendo contada.
A leitura me proporcionou momentos de prazer, euforia, raiva, tristeza, momentos de amor e de tranquilidade. Momento que levarei para sempre comigo, que passarei para meus futuros filhos, e eles para seus próprios filhos.
Ainda vejo-me presa (algumas vezes) num mundo criado pelos autores, um mundo mágico, onde quase sempre tudo é perfeito, onde, às vezes, esqueço de meus problemas e aflições. Um mundo de imaginação, que me prende e me cativa... contudo, sem nunca esquecer uma frase que li em um desses livros: “Não faz bem viver sonhando e se esquecer de viver”.
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