Há histórias sobre Mia Corvere, nem todas verdadeiras. Alguns a chamam de Moça Branca. Ou a Faz-Rei. Ou o Corvo. A matadora de matadores. Mas, uma coisa é certa, você deveria temê-la.Quando ela era criança, Darius Corvere – seu pai – foi acusado de insurreição contra a República de Itreya. Mia estava presente quando o carrasco puxou a alavanca, viu o rosto do pai se arroxeando e seus pés dançando à procura do chão, enquanto os cidadãos de Godsgrave gritavam “traidor, traidor, traidor”...No mesmo dia, viu a mãe e o irmão caçula serem presos em nome de Aa, o Deus da Luz. E, embora os três sóis daquela terra não permitam que anoiteça por completo, uma escuridão digna de trevas tomou conta da menina. As sombras nunca mais a largaram.Mia, agora com dezesseis anos, não se esqueceu daqueles que destruíram sua família. Deseja tirar a vida de todos eles. É por isso que ela quer se tornar uma serva da Igreja Vermelha – o mais mortal rebanho de assassinos de toda a República. O treinamento será árduo. Os professores não terão misericórdia. Não há espaço para amor ou amizade. Seus colegas e as provas poderão matá-la. Mas, se sobreviver até a iniciação, se for escolhida por Nossa Senhora do Bendito Assassinato… O maior massacre do qual se terá notícia poderá acontecer. Mia vai se vingar.
Fantasia | 608 Páginas | Jay Kristoff | Editora Plataforma21 | Trilogia Crônicas da Quasinoite #1 | Skoob | Classificação: 4/5 | Compre: Amazon
Finalmente eu consegui ler esse livro. Eu era constantemente bombardeada com comentários sobre a obra e sentia que precisava lê-lo. E, ainda bem que consegui fazer isso antes do final do ano.
Mia Corvere nunca conseguiu esquecer o que presenciou quando criança. Ver seu pai ser executado na sua frente acusado de traição contra a República de Itreya marcou a vida da garota para sempre. Logo depois, sua mãe e irmão – ainda bebê – foram levados presos. O que aguardava Mia era a morte, porém, ela consegue fugir. Sozinha nas ruas de Godsgrave, ela acaba cruzando o caminho de Mercúrio, um homem que a ajudará a obter a vingança contra aquele que destruíram a sua família. Depois que conhece Mercúrio, Mia passa a treinar com ele. Esse treinamento é para conseguir entrar para a Igreja Vermelha, uma organização secreta que serve a Nossa Senhora do Bendito Assassinato e, assim, se tornar uma lâmina.
“A última coisa que você virá a ser neste mundo, garota, é a heroína de alguém. Mas será uma garota que os heróis temem.”
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Quando termina seu treinamento com Mercúrio, ela segue em busca da Igreja Vermelha. Mas a jornada em busca dessa organização não será fácil. Mais difícil ainda será o treinamento dela para se tornar uma lâmina. Todas as tarefas são cruéis e a fazem ultrapassar vários limites. No entanto, apesar do treinamento ser duro, Mia não se mostra uma pessoa fraca. Muito pelo contrário: Mia é uma garota forma do comum. Para começar, ela é capaz de manipular as sombras e usar isso como uma arma a mais em suas lutas. Quando estava para morrer quando criança, Mia foi salva por uma sombra que a segue desde aquele dia. Sr. Simpático é um gato de sombras, que acompanha a garota por onde quer que ela vá. Mia não sabe nada sobre esse dom, e quando ela conhece outra pessoa que pode fazer a mesma coisa, ela não desistirá enquanto não souber tudo sobre seu poder. Paralelo a isso, Mia se vê em meio a uma rede de assassinatos, traições e segredos que vão além do seu plano de vingança.
“Quem invoca a escuridão, acabará invocado por ela.”
Nevernight foi um livro que me proporcionou várias emoções durante a leitura. O começo pode parecer um pouco lento, ainda mais por precisar me inserir na narrativa, entender toda a história da Mia e dessa sociedade. Sempre quando nos deparamos com um novo mundo, precisamos de um tempo para entender e, assim, a leitura começar a fluir bem. Isso sem contar nas notas de rodapé que precisei me acostumar. Não leio muitos livros que tenham essas notas, então foi um pouco complicado essa parte.
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Algo que gosto muito em livro iguais a esse é toda parte de treinamento que os protagonistas precisam enfrentar. Os melhores momentos acontecem dentro da Igreja Vermelha. Esse é um lugar que não aceita pessoas fracas. Cada um dos aprendizes precisam mostrar que são os melhores e que podem seguir ordens. Eles não podem demonstrar fraqueza ou piedade. E o mais legal dessa parte, é que isso acaba batendo de frente com os princípios e consciência de cada um. O desejo de vingança de Mia não a abandona. Ela tem um objetivo e vai fazer de tudo para conseguir sua vingança. Mas em muitos momentos vemos a sua luta entre a vingança e em manter sua humanidade
“Você começa do nada. Não possui nada. Não sabe de nada. É nada.”.
Eu gostei muito da personalidade de Mia. Ela é uma menina bem teimosa, que não aceita ajuda de ninguém, e muitas vezes, acaba agindo de forma irracional. Mas acabamos relevando isso devido a tudo o que ela já viveu. Ficamos um pouco sem reposta sobre ela, sobre sua família e sobre seus dons. Não é explicado muito sobre como ela pode manipular as sombras. Não sabemos como ela adquiriu esses poderes ou o que mais ela pode fazer com eles. Além de Mia, muitos outros personagens são inseridos na trama. Todos muito interessantes e complexos. Gostei de quase todos: temos os vilões e aqueles por quem passamos a torcer.
Depois de tudo isso, a única coisa que não gostei no livro, no caso a edição, foram as folhas brancas. Eu sempre prefiro as páginas amareladas, então, foi desconfortável para mim. Em compensação, a capa é um show. Eu adoro! Uma fantasia que mistura politica, assassinatos e muitos segredos. Se você busca um livro que tenha tudo isso, então leia Nevernight.
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