No novo volume da série best-seller do The New York Times acompanhamos Chaol em uma tortuosa viagem a um império distante.Chaol Westfall sempre se definiu por sua lealdade inquebrável, sua força e sua posição como capitão da Guarda. Mas tudo mudou desde que o Castelo de Vidro se quebrou, seus homens foram abatidos e o rei de Adarlan o poupou de um golpe de morte, mas deixou seu corpo quebrado. Sua única chance de recuperação reside nos lendários curandeiros da Torre Cesme em Antica ― a fortaleza do poderoso império do continente do sul.E é para lá que ruma Chaol, acompanhado de Nesryn, única mulher na Guarda Real e sua nova capitã, depois de Chaol ter sido nomeado Mão do Rei. Mas com a guerra se aproximando de Dorian e com Aelin lutando por seu trono de direito, Chaol pode ser uma peça-chave para a sobrevivência dos dois jovens monarcas, convencendo outros governantes a se aliarem a eles.O que Chaol e Nesryn descobrem na Antica, no entanto, vai mudar os dois ― e ser mais vital para salvar Erilea do que eles poderiam ter imaginado.
Fantasia | 644 Páginas | Sarah J. Maas | Cortesia Galera Record | Série Trono de Vidro #6 | Skoob | Classificação: 5/5 | Compre: Amazon
Torre do Alvorecer é o sexto volume da série Trono de Vidro. Portanto, eu aconselho a ler os livros anteriores devido aos spoilers que ele possui. E essa resenha poderá conter spoilers de Rainha das Sombras (resenha) e Império de Tempestades (resenha).
Eu nunca escondi o meu amor pelo universo de Trono de Vidro. Quem me conhece sabe o quanto eu amo a escrita da Sarah J. Maas e tudo o que ela criou. Desde o final de Império de Tempestades, eu estive ansiosa e preocupada com o destino de muitos personagens. Um desses é o Chaol. Em Rainha das Sombras eu acabei odiando um pouco o personagem, sendo que ele é um dos que mais gosto na série. E depois do final do quarto livro, depois dele ficar gravemente ferido, eu estava bastante ansiosa para saber o que aconteceria com o personagem na trama. Não aparecendo em Império de Tempestades, o personagem ganhou um livro inteiro focado nele.
Vamos recapitular tudo o que aconteceu nos quarto volume da série? Em Rainha das Sombras, Chaol acabou se ferindo no final do livro e ficou sem poder andar. Enquanto Aelin e sua corte seguiram para Terrasen, Dorian permaneceu em Adarlan, Chaol e Nesryn partiram para Antica a fim de encontrar uma forma de curar o ex-capitão e conseguir uma aliança com este reino e o exercito do rei khagan e, com isso, ajudar na guerra que se aproxima contra Erawan. Chaol não sabe se chegando a Antica, ele conseguirá encontrar uma cura que o possibilite andar novamente e, mais ainda, se ele conseguirá o apoio do khagan. E quando chega ao continente sul, ele percebe que conseguir essas duas coisas não será fácil. Para começar, o khagan está de luto pela perda de uma filha, e a curandeira designada para tratar de Chaol não está disposta a curar um homem que serviu ao último rei de Adarlan.
"Essa será a maior guerra da nossa era. Quando estivermos mortos, até mesmo quando nossos descendentes mais distantes estiverem mortos, eles ainda falarão sobre essa guerra. Eles sussurrarão as histórias em volta das fogueiras, cantarão sobre elas nos grandes salões. Quem viveu e quem morreu, quem lutou e quem fugiu."
Eu mordi a minha língua. Digo isso porque eu que tanto critiquei o personagem em Rainha das Sombras, acabei me apaixonando novamente por ele depois de ler esse livro. Acho que a ideia de ter um livro focado no personagem nos possibilitou conhecer mais o Chaol e ver todo o desenvolvimento e crescimento dele dentro da trama. Ele está bem diferente do capitão que conhecemos em Trono de Vidro. Contudo, ao mesmo tempo em que ele está diferente, ele ainda possui em senso de lealdade incrível. Ver o quanto ele ama seu rei e luta, mesmo longe, para obter uma aliança com o khagan e ajudar Dorian e Aelin é lindo demais.
“Chaol estivera afundando e se afogando desde então. Muito antes do ferimento na coluna. E não tinha certeza se sequer tentara nadar. Não desde que aquela espada fora parar no rio. Não desde que deixara Dorian naquele quarto com o pai e dissera ao amigo – ao irmão – que ele o amava, sabendo que era uma despedida. Chaol... tinha partido. Em todos os sentidos da palavra.”
Chaol, agora mão do rei, sente-se impotente. Com a perspectiva de nunca voltar a andar, ele sente que seria incapaz de ajudar seu rei a defender seu reino. E é toda essa dúvida e insegurança de Chaol que o torna um personagem real. Vemos toda a dor – tanto física, como emocional – que ele sente, o quanto ele se arrepende de suas escolhas, e o quanto ele gostaria de estar ao lado de Dorian. E, nesse livro, ele precisará encarar seus demônios. Isso porque, a sua cura depende tanto da curandeira, Yrene Towers, quanto dele mesmo. A curandeira tem um grande papel na trama, não somente por ser a pessoa responsável por curar o ex-capitão, mas também pelo seu passado; um passado que ela precisará reviver se quiser ter sucesso com seu novo paciente. Yrene possui muita mágoa guardada dentro de sim, e essa mágoa pode atrapalhar seu trabalho. Desde que chegou e começou seu aprendizado na Torre Cesme, ela foi se tornando uma das curandeira mais competentes do lugar, ganhando admiração tanto das demais curandeiras, como do khagan, dos príncipes e princesas de Antica. Seu relacionamento com Chaol começa de uma forma bem complicado, mas, ao passo em que o conhece e convive com ele, sua opinião sobre o lorde de Adarlan acabam mudando. Yrene é uma personagem forte, possuidora de um grande poder. E, conforme trabalha para curar a coluna de Chaol, ela também acaba encontrando a cura para seus próprios conflitos.
"Porque era o amor que cobria o mundo, que o iluminava. Amor e felicidade."
Nesryn, que embarcou nessa jornada com Chaol acabou ganhando um pouco mais de espaço no livro. Se o protagonista desempenha um papel muito importante na trama, ela também mostra sua força e seu papel nessa missão. Além dela, outros personagens são introduzidos na história, cada um com uma função a desempenhar. Todos são fundamentai para a trama e para a guerra que virá. Com relação à trama, ela não é igual aos dois últimos volumes, onde temos muitas cenas de ação, mas nem por isso, o livro é tedioso. Como estamos falando de Sarah J. Maas, a narrativa é envolvente e difícil de largar. E quando a ação começa tudo fica ainda melhor. E se preparem para as surpresas. Como eu disse lá no começo, você precisa ler os demais volumes da série para não acabar pegando nenhum spoiler. Em Torre do Alvorecer são reveladas muitas informações importantes. Eu fiquei de queixo caído quando li certas partes do livro.
Por fim, resta dizer que o espaço do Chaol no meu coração aumentou depois desse livro. Eu amei cada momento da trama, cada momento dele com Yrene. Quando eu pensava que a Sarah não conseguiria me surpreender, ela vem e enriquece ainda mais esse universo. Isso mostra o quanto essa mulher é maravilhosa. Agora é preparar os nossos corações e as lágrimas de despedida para Kingdom of Ash, o último volume da saga.
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