Primeiro livro da mais nova série de Holly Black. Conheça a impressionante história de uma garota mortal que se vê presa em uma teia de intrigas reais. Jude tinha 7 anos quando seus pais foram assassinados e foi forçada a viver no Reino das Fadas. Dez anos depois, tudo o que ela quer é ser como eles – lindos e imortais – e realmente pertencer ao Reino das Fadas, apesar de sua mortalidade. Mas muitos do povo das Fadas desprezam os humanos. Especialmente o Príncipe Cardan, o filho mais jovem, mais bonito e mais cruel do Grande Rei. Para ganhar um lugar na Alta Corte, ela deve desafiá-lo... e enfrentar as consequências. Envolvida em intrigas e traições do palácio, Jude descobre sua própria capacidade para truques e derramamento de sangue. Mas, com a ameaça de uma guerra civil e o Reino das Fadas por um fio, Jude precisará arriscar sua vida em uma perigosa aliança para salvar suas irmãs, e o próprio Reino. Com personagens únicos, reviravoltas inesperadas, e uma traição de tirar o fôlego, este livro vai deixar o leitor pedindo bis – querendo mergulhar de cabeça na continuação deste universo.
Fantasia | 322 Páginas | Holly Black| Cortesia Galera Record | Série O Povo do Ar #1 | Skoob | Classificação: 4/5 | Compre: Amazon
O Príncipe Cruel é o primeiro volume da série O Povo do Ar, da autora Holly Black. Um livro que eu estava com muita vontade de ler devido a alguns comentários que vi de outras pessoas que leram o livro. Ele foi publicado este ano pela Galera Record, e assim que teve o lançamento, eu não demorei a solicitar para ler, ainda mais pelo cenário do livro: um mundo com feéricos e três irmãs que precisam sobrevive a este mundo.
Quando criança, Jude era feliz vivendo com seus pais e suas duas irmãs, mas tudo mudou depois que seus pais foram assassinados na sua frente pelo pai de sua irmã mais velha. Depois disso, ela e as irmãs foram levadas por Madoc para viver com ele no Reino das Fadas. Anos depois, Jude luta para fazer parte desse mundo, mesmo que para ela seja difícil viver nesse traiçoeiro mundo de magia, tendo que sobreviver a maldade e perversidade de todos. Jude é uma garota que não abaixa a cabeça ou leva desaforo para casa, e ela precisará provar que pertence a esse lugar e, para isso, Jude se envolverá em intrigas politicas e uma guerra pelo trono.
“Feéricos são criaturas do crepúsculo, e eu me tornei uma também.”
Estou bem feliz por ter lido esse livro, e por ver que todos os elogios sobre ele eram verdadeiros. Eu gosto muito dos livros da Holly Black, ainda mais quando eles envolvem alguma criatura fantástica e mundos encantadores. Dessa vez ela nos apresenta um universo cruel, cheio de criaturas que desprezam os humanos. Jude, Taryn, sua irmã gêmea, e Vivi, por serem humanas, são alvos dos feéricos que os veem como pessoas frágeis e que estão abaixo deles.
“Eu não desejo me sair bem no torneio como um dos feéricos. Eu quero ganhar. Não quero ser tratada com igualdade. Em meu coração, eu quero ser melhor que eles.”
Esse foi um livro que me deixou muito contente pela protagonista. Jude teve um grande desenvolvimento na trama. Ela é uma garota forte, mas que mostra certos momentos de fraqueza. Ela precisa saber como jogar os jogos dos feéricos, ainda mais quando acaba se envolvendo na rede de intrigas de um dos príncipes. Esse lhe oferecendo a chance de conquistar seu lugar entre seu povo, mas para isso, ela precisará mentir e trair. Com isso, somos apresentados a outros personagens importantes dentro da narrativa: Cardan, um garoto que, aparentemente, odeia Jude. Cruel e sombrio, ele é um dos personagens mais intrigantes da história. De início, você o vê como uma pessoa maléfica, no entanto, quando você passa a enxergar através das maldades, você enxerga alguns traços de fragilidade, que acaba “humanizando” o jovem feérico. Juntos, ele e Jude protagonizam algumas das melhores cenas do livro. Quando estão juntos, há muita provocação, o que deixa a leitura ainda melhor e a história mais fascinante, nos deixando ansiosos pelo próximo volume.
Falando sobre os outros personagens, Madoc é, ao mesmo tempo, o homem que destruiu a vida de Jude, e o homem que a adotou. Ela nunca o perdoará pelo o que fez, mas também não o odeia. Vivi, a irmã mais velha, é metade humana e metade feérica, mas nunca conseguiu se acostumar e viver no mundos dos feéricos. Seu coração sempre pertenceu à vida que tinha e ao mundo humano. Ela odeia Madoc e faz de tudo para provocá-lo. E esse detalhe é bem interessante: enquanto ela nunca terá vontade de fazer parte desse reino e despreza os feéricos, Jude faz de tudo para conquistar seu espaço ali. Ainda temos Taryn. Ela foi uma personagem que não teve um desenvolvimento muito grande e acabou decepcionando um pouco. Espero que ela tenha mais espaço no próximo livro
Falando sobre o cenário, esse foi um detalhe que eu gostei muito. É aquele tipo de ambientação que te transporta para as páginas, um cenário fascinante e mágico, que te faz imaginar cada detalhe com perfeição. Toda a parte politica e as reviravoltas acontecem de forma inesperada, quando você menos espera acontece algo que te deixa sem fôlego. Além dos personagens principais, essa parte foi uma das melhores coisas do livro. E o que falar do final? Ele é surpreendente, e agora só consigo pensar no quanto vai demorar para o lançamento do segundo volume da série. A edição também está linda: a diagramação e capa foram duas coisas que eu gostei muito, sem falar na folha de guarda que mostra um mapa de Elfhame. Por fim, O Príncipe cruel é uma ótima dica para quem gosta de uma boa fantasia, com personagens fortes e intrigantes e uma história que te deixará presa do começo ao fim.
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