Resenha Série | Sense8 (1ª Temporada)


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Podemos falar que a Netflix chegou para mudar nossas vidas. O serviço de streaming, desde que chegou ao Brasil pela primeira vez, faz parte da vida de cada um de nós. Quem não passa horas assistindo a uma série? Quem já não passou o fim de semana numa maratona, sem desligar por um minuto o aparelho? Cada vez mais pessoas estão apostando na Netflix. Cada vez mais ela traz para os seus usuários séries cada vez melhor: “Demolidor”, “House of Cards”, “Orange Is The New Black” e “Sense8”; isso sem contar as séries estrangeiras, como: “Dark”, “A Louva-a-deus” e “La Casa de Papel” que estão surgindo e atraindo ainda mais pessoas para o serviço.

A resenha de hoje é de uma série que me conquistou. Confesso que demorei um pouco para terminar as temporadas, ainda mais depois do cancelamento de “Sense8”. Mas, agora que já vi todos os episódios e também o final que foi lançado para os fãs, eu decidi que estava na hora de escrever essa resenha. Para quem ainda não conhece (eu acho impossível), “Sense8” foi criada pelos irmãos Wachowski e roteirizada por J. Michael Straczynski. Faz mais de 15 anos desde o lançamento de “Matrix”, um filme que mudou o cinema. Fazia um bom tempo que os irmãos não traziam nada inovador para as telas. Mas para a nossa felicidade, eles conseguiram encontrar seu caminho de volta ao lado da Netflix.

Sense8” acompanha a vida de oito pessoas completamente diferentes, que não se conhecem e que vivem em lugares espalhados pelo mundo. A única coisa que eles têm em comum é a data de seu nascimento. Outra coisa estranha que os une é a visão do suicídio de uma mulher que eles nunca viram na vida. Desde esse momento, eles passam a ficar ligados, sendo capazes de compartilhar emoções, sentimentos, e ainda compartilhar conhecimentos, como línguas e outras habilidades que cada um possui. Os oito são chamados de sensatez, e é a partir de cada capítulo que conhecemos sobre a vida de cada um, sobre essa estranha ligação e o significado de tudo isso. 


Logo conhecemos cada um dos sensatesWill Gorski (Brian J. Smith) um policial que vive em Chicago, Riley Blue (Tuppence Middleton) uma DJ islandesa, mas que mora em Londres, Capheus (Aml Ameen) um motorista de van, fã do Van Damme e que vive com sua mãe em Nairóbi, Sun Bak (Doona Bae) uma economista de Seul, que pratica luta secretamente, Lito Rodriguez (Miguel Ángel Rodriguez) um ator que faz filmes bem famosos na cidade do México e que esconde sua homossexualidade de todos, Kala Dandekar (Tina Desai) uma farmacêutica de Mumbai que está preste a se casar, porém tem dúvidas quando a esse casamento, Wolfgang Bogdanow (Max Riemelt) que tem uma loja em Berlim, mas foi criado no crime e Nomi Marks (Jamie Clayton) uma hacker transsexual lésbica que vive com sua namorada em São Francisco.

De início, é difícil saber sobre o que é “Sense8”. Temos a impressão de que se trata de uma série de ficção científica, no entanto, no decorrer dos seguintes episódios, vemos que a série aborda mais sobre laços de amizade e de família. É bem forte a mensagem de amizade e amor, e como esses dois podem fatores podem mudar a vida de uma pessoa. Para comprovar o que estou falando, os melhores episódios são aqueles em que os sensates estão juntos, quando eles compartilham suas habilidades; esses são os melhores momentos da série. E, como estamos falando de família, amor e amizade, é lindo ver como pessoas tão diferentes entre si conseguem se unir e ajudar um ao outro. Outra coisa que eu adorei em “Sense8” é o fato de tudo ser explicado no momento certo, sem nos deixar confusos. Conseguimos as respostas que buscamos. Cada personagem tem seu momento de destaque, onde podemos ver o crescimento de cada um separadamente.  “Sense8” não é uma série de pessoas com habilidades fantásticas que precisam salvar o mundo. Não, é uma série que mostra pessoas normais, com problemas reais, que sofrem com o preconceito da sociedade, que tem medo fazer as escolhas erradas; pessoas que precisam do apoio da família ou daqueles que os amam. Além de ser muito divertido ver o relacionamento, o triângulo amoroso entre Lito, seu namorado Hernando e Daniela – a pessoa que finge ser sua namorada para esconder o fato dele ser homossexual.

Depois que terminei a primeira temporada, consegui entender o porquê de todos falarem tão bem da série. É uma trama incrível, que possui qualidade que, às vezes, não encontramos em outras séries; além de ser super original.  









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