[Resenha] A gaiola dourada - Vic James

Em uma Grã-Bretanha distópica, além da riqueza e dos títulos, os membros da nobreza também possuem habilidades mágicas, como cura acelerada, leitura de mentes e controle da natureza. Os privilégios não terminam aí: todo plebeu deve servir à nobreza por dez anos. Não há como escapar. Abi Hadley pensou que estaria fazendo um favor a sua família quando os inscreveu para cumprir seus dias de escravidão na residência da Família Fundadora, mas a garota mal sabia dos horrores que estavam por vir. Já seu irmão, Luke, acaba sozinho em uma das cidades mais brutais para os escravos. Tanto Abi quanto Luke precisarão se adaptar a suas novas realidades, ou, quem sabe, se tornar aliados na luta pelo fim dos privilégios de uma elite que busca cada vez mais poder. Enquanto isso, o mais jovem aristocrata da Família Fundadora conspira para moldar o mundo à luz de seu dom sombrio, e os dias de escravidão podem ser apenas o início de algo muito mais cruel.

Distopia | 415 Páginas | Vic James | Cortesia Galera Record | Trilogia Dons Sombrios #1Skoob | Classificação: 3/5


Infelizmente, não foi dessa vez...

Depois de tudo o que a Galera Record fez para divulgar este livro, eu quis muito lê-lo. A sinopse indicava uma narrativa fantástica, com uma história original, mas, o que eu encontrei foi um livro confuso e que não conseguiu me prender. O livro gira em torno de uma sociedade onde os mais ricos, os mais poderosos, possuem certas habilidades, com isso, eles basicamente controlam tudo. Já as pessoas que não possuem essas habilidades são feitos de escravos, tendo que servir durante dez anos de suas vidas. Esses anos de servidão podem ser escolhidos: os plebeus podem servir durante sua juventude, ou quando forem mais velhos.  É assim que conhecemos os membros da Família Hardley. Eles acabam sendo designados a servir seus anos para a família fundadora, uma das mais importantes e poderosas do reino. Todos da família ficarão juntos, porém, um imprevisto faz com que o filho mais novo seja enviado para outro lugar, uma cidade temida por muitos, enquanto o resto de sua família é enviados para servir a família Jardine.

O livro é contado a partir de vários pontos de vistas. Isso é bem legal em alguns casos, já que nos permite conhecer e saber mais sobre as motivações de cada personagem. O que aconteceu com este livro em especial, foi que, esse fato acabou atrapalhando um pouco a leitura. Ficou complicado acompanhar cada ponto de vista. Uma hora estávamos lendo da Abi, a filha mais velha da família Hardley, depois passava para o Luke, irmão da Abi; quando de repente, passava para os filhos dos Jardines: Silyen Jardine e Gavar. Outra coisa que me incomodou nesse primeiro livro foi uma explicação de como essas habilidades que os ricos possuem surgiu. Geralmente esses detalhes são contados nos primeiros livros, mas a autora acabou não fazendo isso neste volume. Eu preferia ter conhecido mais sobre cada personagem, sobre a família fundadora, sobre seus poderes, do que saber logo de cara sobre os esquemas de conspiração e resistência contra o governo.

vic james

Com relação aos personagens, logo no começo do livro, eu estava torcendo pela Abi, já que ela parecia ser a mais sensata da família, parecia uma personagem forte, que tinha tudo para ser uma das melhores personagens do livro. No entanto, quem roubou a cena foi seu irmão, Luke. De cara, você não dá nada para o menino, pensa que ele seria a pessoa “menos” importante do livro. Mas, depois que ele vai servir como escravo longe de sua família, ele muda. Ele cresceu, se desenvolveu, mostrou para todos que sua idade não importava. Ele fez o que podia, lutou para acabar com o sistema de escravidão, mesmo que isso custasse sua liberdade ou sua vida. Já Abi deixou a desejar. Pensei que a menina seria a faísca que começaria a mudar tudo, mas ela se tornou uma pessoa inútil durante todo o livro. Eu pensei que ela usaria seu trabalho para a família mais importante para espionar todos, para ganhar a confiança deles e fazer algo que mudasse as coisas para pessoas como ela; para conseguir que seu irmão voltasse para casa. Todavia, o que aconteceu foi que ela acabou se apaixonando pelo seu patrão e praticamente deixou tudo de lado.  Acho que, depois de Luke, o personagem que mais vale a pena no livro é Silyen Jardine. O garoto é inteligente, poderoso, usa sua inteligência e poder para controlar e chantagear as pessoas, fazendo com que elas joguem o seu jogo. Eu fiquei bem intrigado com o personagem e querendo saber mais sobre ele e sobre o que ele está tramando.

Política, escravidão, magia, intrigas e resistência são alguns pontos que a Vic James aborda no livro. O que tinha tudo para ser uma incrível história, acabou não me agradando tanto assim. De verdade, eu pensei muito em abandonar o livro. Eu não conseguia me concentrar no livro, não conseguia me apegar direito aos personagens, e torci para que o livro chegasse logo no final. Acabei me decepcionando com ele, o que foi uma pena já que eu estava bem animada com a leitura e torcendo para gostar.  Enfim, EU não gostei, mas isso não significa que vocês também não vão gostar. Leiam e tirem suas próprias conclusões.






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