[RESENHA] O Beijo Traiçoeiro - Erin Beaty


Com sua língua afiada e seu temperamento rebelde, Sage Fowler está longe de ser considerada uma dama — e não dá a mínima para isso. Depois de ser julgada inapta para o casamento, Sage acaba se tornando aprendiz de casamenteira e logo recebe uma tarefa importante: acompanhar a comitiva de jovens damas da nobreza a caminho do Concordium, um evento na capital do reino, onde uniões entre grandes famílias são firmadas. Para formar bons pares, Sage anota em um livro tudo o que consegue descobrir sobre as garotas e seus pretendentes — inclusive os oficiais de alta patente encarregados de proteger o grupo durante essa longa jornada. Conforme a escolta militar percebe uma conspiração se formando, Sage é recrutada por um belo soldado para conseguir informações. Quanto mais descobre em sua espionagem, mais ela se envolve numa teia de disfarces, intrigas e identidades secretas. E, com o destino do reino em jogo, a última coisa que esperava era viver um romance de tirar o fôlego.

Jovem Adulto | 440 Páginas | Erin Beaty | Cortesia Editora Seguinte | Skoob | Classificação: 3/5 |  Leia um trecho 



Sage Fowler não quer se casar. Ela não tem o perfil que é buscado para ser uma “boa esposa”. Até que ela se torna a aprendiz de casamenteira com a função de observar as candidatas e reportar tudo a srta. Rodelle. Ela, juntamente com a comitiva parte para participar de um grande evento. Este evento tem como objetivo realizar os casamentos das jovens damas entre os principais pretendentes. Paralelamente a história de Sage, conhecemos o capital Quinne seus soldados. Ele está lutando contra uma grande conspiração que está se formando dentro do reino. Decidido a descobrir tudo sobre esta conspiração, ele segue a comitiva das damas. Quando conhece Sage, Quinn percebe que ela é a pessoa perfeita para descobrir mais sobre os planos dos inimigos. Com isso, Sage acaba se tornando a espiã de Quinn e se envolvendo mais do que ela havia imaginado.  


A primeira vez que vi esse livro, eu fiquei muito interessada nele devido a narrativa parecida com a de Jane Austen. Contudo, confesso que no começo, não me senti tão envolvida na narrativa. O começo do livro, para mim, foi um pouco lendo, o que dificultou meu envolvimento na leitura. Senti dificuldades em me habituar à narrativa. Fiquei confusa com o tempo em que a história se passa. Além de que, há muitas informações que me confundiu de inicio, como os nomes dos lugares, os diferentes povos e os nomes das pessoas. O livro é narrado em terceira pessoa, tanto pela perspectiva de Sage, como pelos outros personagens. Todos esses fatores acabaram tornando a leitura um pouco lenta e confusa para mim.

O Beijo Traiçoeiro  prometia uma história no estilo Jane Austen, com uma mocinha forte, decidida e que fosse à frente de seu tempo. Uma história entre a nobreza e plebeus e casamentos arranjados. No entanto, não senti que a protagonista seja uma pessoa de personalidade forte. A verdade é que não consegui me conectar muito com a personagem. O mocinho foi outro caso à parte: geralmente eu costumo me envolver muito com os personagens, torcer por eles e querer muito vê-los juntos. O problema aqui é que não senti que eles fossem bem juntos. Não senti um envolvimento, nem aquele tipo de paixão que vi em outros casais literários. Veja bem, eu gostei dos personagens, mas não me apaixonei por eles.



Somando isso ao fato de as 100 primeiras páginas terem sido, na minha opinião, lentas, toda a leitura acabou sendo prejudicada. Não consegui sentir tudo o que queria ter sentido com a narrativa. Não consegui me envolver completamente com a história, nem com os personagens. Felizmente, quase no final do livro, fui surpreendida pela autora, o que melhorou um pouco a leitura.  O final teve mais ação, o que acelerou o ritmo e me permitiu ter uma base do que verei no próximo. 

Embora “O Beijo Traiçoeiro” não tenha atendido minhas expectativas, não encontrei nele somente pontos negativos. Não é porque eu não consegui me situar na história e nem me envolver nela, que você não consiga. Digo que se você tem interesse no livro, leia! Tire suas próprias conclusões sobre a obra. Quem sabe eu leia uma segunda vez e minha opinião mude com o tempo.   






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