[RESENHA] Princesa de papel - Erin Watt

Ella Harper é uma sobrevivente. Nunca conheceu o pai e passou a vida mudando de cidade em cidade com a mãe, uma mulher instável e problemática, acreditando que em algum momento as duas conseguiriam sair do sufoco. Mas agora a mãe morreu, e Ella está sozinha. É quando aparece Callum Royal, amigo do pai, que promete tirá-la da pobreza. A oferta parece tentadora: uma boa mesada, uma promessa de herança, uma nova vida na mansão dos Royal, onde passará a conviver com os cinco filhos de Callum. Ao chegar ao novo lar, Ella descobre que cada garoto Royal é mais atraente que o outro – e que todos a odeiam com todas as forças. Especialmente Reed, o mais sedutor, e também aquele capaz de baixar na escola o “decreto Royal” – basta uma palavra dele e a vida social da garota estará estilhaçada pelos próximos anos. Reed não a quer ali. Ele diz que ela não pertence ao mundo dos Royal. E ele pode estar certo. 

Jovem Adulto | 368 Páginas | Cortesia Planeta de Livros | Skoob | Classificação: 2,5/5 


Série The Royals

1. Princesa de papel
2. Príncipe partido


Preciso dizer que estava bem ansiosa para ler esse livro, estava vendo várias pessoas falando bem dele, que era ótimo; só via o livro recebendo cinco estrelas no Skoob e, sempre que via isso, me perguntava o porquê de eu ainda não ter lido o livro. Pois bem, quando tive a chance de solicitá-lo a editora, fiquei bem feliz por poder fazê-lo. Assim que recebi o livro em casa, não perdi tempo e fui correndo lê-lo. Terminei em um dia e tive que correr para escrever essa resenha e falar tudo o que senti e pensei durante a leitura. Não sabia quase nada sobre a obra, quis ser pega de surpresa e ver o motivo de todos ficarem loucos quando falam de Princesa de Papel. Mas, durante a leitura, não consegui entender toda a euforia que cerca esse livro. Vamos começar pelo início...


Vamos começar falando sobre a protagonista... Ella é uma jovem que desde pequena precisou enfrentar grandes lutas na sua vida. Ela e sua mãe viviam se mudando de cidade sempre que algo acontecia. O que ela sabe sobre seu pai é que ele abandonou sua mãe, deixando para trás apenas um relógio que Ella usa sempre. Quando sua mãe adoece e morre, Ella precisa procurar uma nova cidade para morar, encontrar uma forma de sobreviver e ainda estudar. Seu objetivo é terminar o ensino médio e fazer uma faculdade. Para pagar as contas, a garota trabalha em clubes de strip. Até que um dia ela é chamada à sala do diretor, chegando lá, ela recebe a notícia de que o pai que ela nunca conheceu faleceu a pouco tempo, e que agora ela tem um tutor. Ella não aceita bem a notícia, mas a vida como a protegida do melhor amigo de seu pai será muito bom para ela. Os Royal são uma família muito rica e influente, e fazer parte dessa família é algo único. Não vendo outra saída, Ella aceita a proposta de Callum para morar com ele e seus cinco filhos. O problema é que os filhos de Callum não aceitaram facilmente a nova integrante da família e farão de tudo para tornar a vida da jovem um pesadelo.


Os Royal são poderosos, podres de ricos, invejados por todos... E quando Ella chega à mansão dos Royal e se depara com toda a riqueza, ela não se sente bem-vinda ou que faz parte daquele mundo. Ainda mais pelos seus “irmãos” sempre esfregarem na cara da jovem que ali não é seu lugar. Vou falar um pouco sobre os personagens do livro: Ella é uma pessoa forte para a sua idade, tudo o que ela precisou enfrentar a fortaleceu de alguma forma. Quando passa a morar com sua nova família, Ella não se deixa intimidar pela personalidade de cada um dos filhos. Já Reed – um dos garotos Royal - é um babaca... um completo babaca! Todos são. O jeito como eles tratam a Ella no começo me incomodou muito. Todos são arrogantes, manipuladores e acham que por nadarem no dinheiro e serem ricos podem fazer o que quiserem e tratar as pessoas como lixos; e Reed é o pior de todos. Ele trata Ella de uma forma tão asquerosa, que eu fiquei com muita raiva dele. Ele é grosso, manipulador, arrogante e trata a Ella super mal e, sempre que pode, agride emocionalmente a jovem. O problema é que Ella aceita muito facilmente o pedido de desculpas do rapaz E AINDA SE APAIXONA POR ELE (apesar de eu não ver um “me perdoe” de verdade). Se uma pessoa faz o que Reed fez a Ella, eu não perdoaria tão facilmente, a pessoa teria que ralar muuuuuuito para consegui meu perdão. Eu sei que as pessoas erram, fazem besteiras e se arrependem, mas, mesmo assim, eu não consegui gostar muito do Reed-babaca-Royal. E ainda tem a forma como a própria protagonista age: sempre querendo mostrar que não liga para a opinião dos outros, porém ela faz isso de uma forma bem errada. Outro problema foi a forma leviana como a autora resolveu tratar o abuso sexual. Em um determinado momento do livro, um aluno da escola com quem Ella estava saindo resolve drogar a garota e violentá-la. Sabem o que ela faz depois que é "salva"? Ela se vinga. Querida, você já ouviu falar da Polícia? Sabe... quando uma pessoa faz isso, você liga para Polícia, não se vinga do cara de um jeito bem idiota. Já pensaram se todas resolvem fazer isso?, se vingar ao invés de denunciar o estuprador para a polícia? 

A trama é sim envolvente e fluida, tanto que li bem rápido. Contudo há problemas que devem ser enxergados pelas pessoas que leem livro. No livro, o leitor encontra machismo, preconceito entre classes, sexismo, assédio e bullying. Porém, esses temas não são aprofundados pela autora, o que também me incomodou bastante. Eu não estou, com isso, dizendo que vocês não devem ler o livro, querem ler? Fiquem à vontade! Mas tenha em mente que apesar de a trama ser cativante e a leitura ser gostosa, o livro tem problemas! 




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