[Agenda Cultural] Uma visita à Paranapiacaba

Olá, Queridos!!

Hoje eu trago um post muito legal para vocês: uma visita que fiz recentemente à Paranapiacaba... Encontrei muitas coisas boas e lugares incríveis por lá. Então resolvi falar um pouco sobre essa visita. 
Os moradores da Capital Paulista, quando querem, tem a chance de trocar toda a correria do dia a dia e aproveitar o sossego que uma vila que é distrito de Santo André tem a oferecer: estou falando de Paranapiacaba. Ela é uma vila com uma aura Inglesa, já que em 1867, dezenas de britânicos desembarcaram no Brasil para iniciar a construção da primeira estrada ferroviária paulista. Junto de outros imigrantes e também brasileiros, eles se instalaram na região, em meio à rota que ligava Jundiaí ao Porto de Santos. Até hoje estão lá ícones dessa época, como o Castelo, uma construção em estilo vitoriano localizada no alto de uma colina, o maquinário do relógio da Estação Alto da Serra e o Clube União Lyra Serrano, uma das últimas edificações feitas pelos britânicos. Emoldurado pela Mata Atlântica, o lugar também abriga um roteiro de trilhas e a primeira reserva biológica da América Latina. 
 
Essa é um das atrações de toda a Paranapiacaba: a Maria Fumaça. Uma pena que o trem estava em reforma e só voltaria a circular provavelmente no final de 2017. Perto dali, podemos ver um relógio com as características do famoso Big Ben, erguido em 1898. Por ali também funciona o Museu do Sistema Funicular, onde é possível encontrar trens da São Paulo Railway Company e vagões que foram usados no período imperial para transportar D. Pedro II e até um carro para serviços funerários (tinha até um boneco imitando um cadáver dentro. #medo) 


Como no dia que eu visitei a vila era um feriado, alguns pontos de 
Paranapiacaba estavam fechados. Outros estavam em restauração. Praticamente toda a vila estava em reforma. Gostaria muito de ter visitado o Museu, mas as reformas estavam sendo finalizadas e não tinha uma data exata para reabertura. 



É muito bom caminhar pela vila; ela tem uma atmosfera britânica que torna o passeio muito mais agradável. A maioria das construções é feita em pinho de riga, madeira nobre originária do Leste Europeu. Na parte alta da vila, tem a Igreja Bom Jesus, que foi erguida em 1889 e hoje é palco de missas e da Festa do Padroeiro, a mais antiga de Santo André. Andando por lá, você percebe que as casas são de cores diferentes; isso porque as cores identificavam as profissões dos moradores.
 
 

Na parte baixa da vila, encontramos essas casas de madeiras com varandas pintadas na cor vinho. Elas eram as casas dos ingleses que foram trazidos pelo empresário Barão de Mauá para comandar a obra.
Em toda a vila ainda podemos ver vários lugares dedicados ao Artesanato (eu fiquei louca vendo tudo isso). É possível encontrar miniaturas em madeira das casas da região e do relógio da estação, bonecos confeccionados a partir de matérias-primas simples como sementes, cordas e couro. Há também um lugar que funciona como cafeteria, onde tem peças e quadros feitos em madeira. 

Trem da São Paulo Railway Company e vagões que foram usados no período imperial para transportar D. Pedro II
Em Paranapiacaba há um clube que foi construído em 1903: o Serrano Futebol Clube e o Lyra da Serra. O primeiro era voltado para o futebol e o segundo, às artes. O Clube União Lyra Serrano era sede de óperas, exibições de filmes, bailes de máscaras e peças de teatro. O prédio de madeira ainda hoje é palco de eventos culturais e sociais na vila, entre eles o Festival de Inverno e a Feira Literária. 

Há seis trilhas diferentes espalhadas pelo Parque Natural Municipal Nascentes de Paranapiacaba. No dia, eu escolhi a Trilha da Pontinha, que tem um quilômetro de extensão e seu percurso dura cerca de uma hora. Digo que foi MARAVILHOSO! Assim que chegamos, todos fazem uma parada e se desejarem podem se banhar nas piscinas naturais que há por ali. 

Assim que todos já aproveitaram esse tempo de descanso, voltamos para a vila e quem quiser, pode se aventurar em outra trilha: A Trilha do Mirante. Essa se estende por 1 885 metros, e ao fim da caminhada, é possível ver o polo industrial de Cubatão e até o litoral de São Paulo.

No final da trilha, ainda nos deparamos com o Núcleo Olho d’Água que é basicamente o centro nervoso da distribuição de água de Paranapiacaba. Seus reservatórios, construídos no final do Século XIX, serviram para abastecerem as máquinas a vapor, e ainda funcionam perfeitamente até hoje e levam as águas das nascentes da serra para a maior parte das casas da Vila. 

E com isso chegamos ao fim. Essas são algumas das fotos tiradas de toda a Vila e da trilha. Se fosse para colocar todas aqui, precisaria dividir o post. Espero que tenham gostado. Se você mora em São Paulo ou próximo a região do ABC, não deixe de visitar Paranapiacaba. Tenho certeza que você vai amar o passeio. 


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