[Resenha] Esquadrão Suicida

Nome: Esquadrão Suicida
Direção: David Ayer
Elenco: Margot Robbie, Will Smith, Jared Leto, Viola Davis, Joel Kinnaman, Jay Hernandez, Jai Courtney, Cara Delevingne, Karen Fukuhara, Adam Beach, David Harbour e Adewale Akinnuoye-Agbaje.
Duração: 2h10min
Nota: 6,8


Sinopse: Após a aparição do Superman, a agente Amanda Waller (Viola Davis) está convencida que o governo americano precisa ter sua própria equipe de metahumanos, para combater possíveis ameaças. Para tanto ela cria o projeto do Esquadrão Suicida, onde perigosos vilões encarcerados são obrigados a executar missões a mando do governo. Caso sejam bem-sucedidos, eles têm suas penas abreviadas em 10 anos. Caso contrário, simplesmente morrem. O grupo é autorizado pelo governo após o súbito ataque de Magia (Cara Delevingne), uma das "convocadas" por Amanda, que se volta contra ela. Desta forma, Pistoleiro (Will Smith), Arlequina (Margot Robbie), Capitão Bumerangue (Jai Courtney), Crocodilo (Adewale Akinnuoye-Agbaje), El Diablo (Jay Hernandez) e Amarra (Adam Beach) são convocados para a missão. Paralelamente, o Coringa (Jared Leto) aproveita a oportunidade para tentar resgatar o amor de sua vida: Arlequina.



Assim que foi anunciado que a Warner Bros Pictures estaria trazendo Esquadrão Suicida paras as telas do cinema, minha empolgação com o filme foi a mil! Por isso, nem preciso dizer como fiquei feliz em poder ir ao cinema para conferir o filme.


É certo dizer que o filme gerou muitas expectativas ao longo de toda a campanha de divulgação. Desde os primeiros nomes confirmados, as primeiras imagens, os primeiros trailers; a cada nova menção do nome “Esquadrão Suicida”, a curiosidade de todos (a minha em especial) aumentava mais e mais. O escolhido para reunir os vilões da Dc Comics foi o diretor David Ayer, seria dele a obrigação de entregar ao publico um ótimo filme com os piores vilões dos quadrinhos salvando o mundo. Mas o que vimos foi um bom filme, mas que cometeu alguns deslizes.


Após os acontecimentos de Batman VS Superman, toda a população lamenta a morte do heroi Kryptoniano. Com isso, a agente Amanda Waller (Viola Davis) decide que o mundo precisa de uma resposta rápida contra os Metahumanos, com isso, ela reúne os vilões mais perigosos e, sob o comando do soldado Rick Flag (Joel Kinnaman), eles são libertados da prisão para derrotar uma entidade que tem a pretensão de dominar o mundo.


No primeiro ato do filme vemos a origem de cada membro do esquadrão, eles são apresentados em flashbacks. Nesse momento, os destaques são do Pistoleiro (Will Smith), da Arlequina (Margot Robbie) e do Diablo (Jay Hernandez). Os demais membros são apresentados de forma rápida, somente para conhecê-los. Com as apresentações feitas e o esquadrão formado, algumas medidas são tomadas para garantir que nenhum deles tentem fugir. Os demais também são apresentados sem ganhar tanta profundidade. A apresentação dos personagens, do vilão e a partida do esquadrão para enfrentar o inimigo, são feita de forma bem rápida, um pouco corrido.


Foi uma surpresa quando vi quem seria o vilão que eles teriam que enfrentar. O antagonista nesse caso é a Magia, personagem interpretada pela Cara Delevingne. Não que sua atuação seja ruim, mas a personagem não teve uma apresentação decente; ela não foi bem explorada, na verdade, não achei a personagem um inimigo tão forte assim.


Nos quesitos cenário, figurinos e efeitos especiais, Esquadrão Suicida passa com grande satisfação. A trilha sonora é outro ponto alto do filme, que apresenta músicas pop que empolgam o público. Além disso, há peças-chave em algumas cenas que conectam a história ao filme "Liga da Justiça", que estreará nos cinemas no ano que vem. O humor é bastante explorado, mas, às vezes, chega a ser desnecessário em algumas cenas. Porém, isso não prejudica tanto o filme.


Um dos grandes destaques é a Arlequina, vivida pela Margot Robbie. No filme conhecemos a origem do seu relacionamento com o Coringa. Uma relação obsessiva e abusiva. Antes de se tornar vilã, ela era Dra. Quinzel, psiquiatra de Arkham e foi lá que ela conheceu o vilão. Arlequina é apaixonada pelo palhaço e não se importa em sofrer ou ser torturada. Mas uma coisa é certa: Margot Robbie nos entrega uma ótima Arlequina.


Will Smith também é um dos destaques, seu personagem, Pistoleiro é bem explorado, mostrando seu lado vilão, mas também seu lado humano, lado esse, que possui uma única fraqueza: sua filha.  


Assim que foi anunciado que o Coringa seria interpretado pelo Jared Leto, confesso que fiquei com pé atrás se essa teria sido uma boa escolha. Na minha mente, ele seria o principal vilão do filme. No entanto, ele pouco aparece, nas poucas cenas que aparece, ele serve mais para contar sua história com a Arlequina. As cenas que vimos no filmes, são as que aparecem no trailer (mas sem spoilers, é claro!). Apesar das duvidas que eu tinha, Jared Leto nos entrega um Coringa convincente. Ele fez um bom trabalho em dar vida a um personagem insano e psicótico. Ficou claro para mim, que o foco no filme não seria ele, mas sim, o esquadrão. Mas fiquei bem chateada por terem cortados tantas cenas do personagem.


Viola Davis nos entrega uma Amanda Waller forte, que não tem medo do perigo, muito menos dos piores vilões. Destemida e autoritária, ela está mais para a principal vilã.


Na minha opinião, "Esquadrão Suicida" serviu como uma introdução para Liga da Justiça. Há várias pontas que ficaram soltas no filme. Os personagens são convincentes. A única que não me agradou foi o antagonista. Mesmo aparecendo em poucas cenas, Coringa foi um dos personagens que mais gostei no filme. Há uma cena pós-créditos, por isso, não saia correndo da sala do cinema. Esquadrão Suicida é um filme que divide opiniões. Eu digo que vale o preço do ingresso, vale a ida ao cinema. Assista e tire suas próprias conclusões.



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